Coronavírus: Coreia do Sul pede isolamento e dificulta a entrada no país
'As pessoas podem não querer mais manter o distanciamento social agora que a primavera chegou', teme o primeiro-ministro, Chung Sye-kyun
Autoridades da Coreia do Sul pediram à população nesta sexta-feira, 27, que fique em casa e evite grandes aglomerações enquanto os casos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), se aproximaram de 100 por dia. Para conter ainda mais o avanço da pandemia, as autoridades sulcoreanas já haviam endurecido nesta semana as regras de entrada para viajantes da Europa e dos Estados Unidos.
“As pessoas podem não querer mais manter o distanciamento social agora que a primavera chegou e as flores estão desabrochando”, disse o primeiro-ministro, Chung Sye-kyun. “Mas não será melhor trabalhar mais duro para encerrar o sofrimento atual do que suportá-lo por um longo tempo?”, concluiu. Nenhuma quarentena em dimensão nacional foi imposta até então pelo governo sulcoreano.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças do país reportou 91 casos novos de coronavírus nesta sexta, o que elevou seu total para 9.332. O número de mortes aumentou em 13, assim chegando a 144.
Desde 19 de março, a Coreia do Sul não registra mais do que 150 novos enfermos em um mesmo dia. Em comparação, mais de 800 casos foram reportados no país em 29 de fevereiro. Mas um aumento recente de casos importados, aqueles em que o paciente foi contaminado em outro país, levou as autoridades a endurecer as regras de entrada para viajantes da Europa e dos Estados Unidos.
Pessoas chegando dos Estados Unidos têm que passar uma quinzena em quarentena, e as que mostrarem sintomas como febre serão examinadas. Desde quinta-feira 26, visitantes europeus com vistos de longo prazo são obrigados a passar por um exame obrigatório e quarentena por duas semanas, independentemente de apresentarem sintomas associados à Covid-19.
(Com Reuters)