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Coronavírus: mais de 13.000 mortos e um bilhão de confinados no mundo

A pandemia levou 35 países a aplicar medidas de contenção, que paralisam economias, transporte e vida cotidiana

Por Da Redação Atualizado em 22 mar 2020, 10h54 - Publicado em 22 mar 2020, 10h24

Quase um bilhão de pessoas em todo o mundo estão confinadas neste domingo, 22, para conter a pandemia de coronavírus, que já deixou mais de 13.000 mortos e pelo menos 300.000 infectados, enquanto se espalha para novos países, incluindo a Colômbia, que anunciou sua primeira vítima mortal. A pandemia levou 35 países a aplicar medidas severas de contenção, que paralisam economias, transporte e vida cotidiana.

Na Itália, o país mais afetado, a situação está se agravando, com mais de 4.800 mortes, um terço do total mundial. O primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou o fechamento de todas as fábricas não essenciais em uma mensagem televisionada na noite de sábado.

O país, de 60 milhões de pessoas, é atualmente o epicentro da doença, que apareceu no centro da China em dezembro e depois se espalhou para o resto do mundo. A Itália registra um número de mortes semelhante ao da China continental e ao do Irã — o terceiro país mais afetado do mundo — juntos e tem uma taxa de mortalidade de 8,6% entre os casos confirmados da Covid-19, significativamente mais elevada do que na maioria dos países.

Nos Estados Unidos, um terço da população começou a aplicar medidas de contenção mais ou menos rigorosas em cidades como Nova York, Chicago e Los Angeles. Outras partes dos Estados Unidos podem reforçar suas medidas. “É um momento de sacrifício nacional compartilhado, mas também um momento para cuidar de nossos entes queridos”, disse o presidente Donald Trump. “Vamos ter uma grande vitória”, acrescentou.

Os líderes mundiais prometem fazer todo o possível para combater a pandemia, à medida que o número de mortos e infectados aumenta, especialmente na Europa. A Espanha anunciou no sábado um aumento de 32% no número de mortos e o presidente Pedro Sánchez alertou que a população deve se preparar para “dias muito difíceis”. Na França, o número de mortos é de 562. A polícia está usando helicópteros e drones para garantir que as pessoas fiquem em casa conforme o governo decretou.

As medidas sem precedentes para conter a epidemia forçaram o cancelamento de todos os tipos de eventos esportivos e aumentam a pressão sobre as autoridades olímpicas para cancelar os Jogos de Tóquio, programados para julho e agosto.

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Primeiro caso na Colômbia 

Na América Latina, a Colômbia anunciou sua primeira morte por coronavírus, um taxista de 58 anos de Cartagena que havia transportado “cidadãos estrangeiros em seu veículo”, disse o ministro da Saúde. Existem 210 infectados no país. A Bolívia, por sua vez, ordenou que os cidadãos ficassem em casa a partir desde domingo, e El Salvador decretou no sábado uma quarentena obrigatória por 30 dias.

A Guatemala anunciou a aplicação de um toque de recolher parcial para impedir o avanço do vírus, que causou 17 infecções, incluindo uma fatal. Em outros países da região, como o México, cujas autoridades resistem a tomar medidas drásticas, muitos cidadãos decidiram se proteger por conta própria.

A pandemia de Covid-19, da qual mais de 13 000 pessoas já morreram de acordo com uma contagem da agência AFP de fontes oficiais, afundou as bolsas de valores mundiais e os Estados Unidos, a primeira economia do planeta, preparam um plano de ajuda que poderia chegar a um trilhão de dólares. Em Nova York, o governador Andrew Cuomo disse que a situação pode durar meses. “Não acho que em uma cidade desse tamanho seja possível que as pessoas mantenham a quarentena por mais de três semanas antes de começarem a perder a paciência”, disse Yona Corn, 35 anos.

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A Food and Drug Administration dos EUA aprovou o primeiro teste para detectar o coronavírus que fornece o resultado em 45 minutos. O vice-presidente Mike Pence e sua esposa tiveram resultados negativos para o coronavírus, segundo anunciou o vice-presidente no sábado, apesar de ter tido contato com funcionários de seu serviço infectados.

Fechamento na Índia 

As medidas drásticas de confinamento seguem o exemplo da China, onde o fechamento da província de Hubei parece ter valido a pena. Foi em Wuhan, capital da província, que o vírus apareceu pela primeira vez.

França, Itália, Espanha e outros países europeus ordenaram que as pessoas ficassem em casa, em alguns casos sob ameaça de multas.

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A Austrália pediu aos seus cidadãos para cancelar suas viagens dentro do país.

No Reino Unido, bares, restaurantes e teatros fecharam, e as autoridades pediram aos cidadãos que não comprassem grandes quantidades de comida.

A China anunciou neste domingo seu primeiro contágio local em quatro dias. O número de casos na China continental caiu drasticamente, mas agora a Ásia teme a chegada de casos “importados” da Europa e de outras partes do mundo.

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A Tailândia anunciou hoje seu maior aumento de casos em um dia, elevando o total para cerca de 600.

Na Índia, foi declarado um dia de “quarentena auto-imposta”.

Embora, por enquanto, os idosos e aqueles com outras doenças sejam as principais vítimas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que os jovens também são vulneráveis.

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As taxas de infecção são incertas porque muitos países não realizam testes.

Na África, onde as infraestruturas de saúde são muito limitadas e as medidas de distanciamento social são difíceis de aplicar, o coronavírus infectou mais de 1.000 pessoas.

O Oriente Médio também está em alerta. O Irã, um dos países mais afetados, anunciou neste domingo 129 novas mortes, mas as autoridades não querem impor medidas de confinamento no momento.

(Com AFP)

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