O governo da China anunciou no domingo 12 que o país registrou um aumento pelo terceiro dia seguido no número de novos casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no país. Segundo as autoridades, foram 108 novas infecções e duas mortes.
O número é maior do que os 99 relatados no sábado 11, que por sua vez, já eram mais do que o dobro do número de novos pacientes na sexta-feira.
Dos 108 casos, apenas dez foram causados por contaminações locais, sendo sete deles diagnosticados na província de Heilongjiang, que faz fronteira com a Rússia. O temor de uma segunda onda de infecções levou o governo a aumentar o monitoramento e ampliar as restrições na região devido ao transito de pessoas infectadas na fronteira dos dois países.
A capital de Heilongjiang, Harbin, impõe a quarentena obrigatória de 28 dias a todos que chegam na cidade. As áreas residenciais que tiverem pessoas diagnosticadas com o vírus serão isoladas por 14 dias. A cidade de Suifenhe era uma das únicas rotas para atravessar a fronteira com a Rússia depois de Moscou ter proibido os voos com a China e ter barrado a entrada de pessoas entre janeiro e fevereiro.
O aumento de novos casos na China alimenta o temor de uma segunda onda de infecção no país, onde o coronavírus surgiu no final do ano passado. Para tentar evitar a entrada do vírus, o governo aumentou a restrição em aeroportos e instaurou a quarentena obrigatória a todos que voltem do exterior.
Na China, o coronavírus já infectou 83.213 pessoas e matou 3.345. No mundo, atingiu mais de 1,8 milhões de pessoas e causou cerca de 116.000 mortes. Mas o pior cenário na atualidade está nos Estados Unidos: 558.526 casos e 22.146 mortes, segundo levantamento em tempo real da Johns Hopkins University, de Washington.