Coreia do Sul aprova castração química de pedófilos

Agressores poderão ser punidos com hormônios que inibem desejo sexual

Por Da Redação
29 jun 2010, 21h58

Lee Myung-bak, presidente da Coreia do Su (Getty Images/VEJA)

Após uma série de ataques violentos que indignaram o país, o Parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta terça-feira a legalização da castração química como punição para pedófilos. Foram 137 votos a favor e 13 contrários. A lei só se tornará efetiva depois de ser assinada pelo presidente Lee Myung-bak, que está em visita à America Latina e ainda não comentou o assunto.

A legislação vai permitir que juízes sentenciem agressores sexuais adultos, cujas vítimas tenham menos de 16 anos, a serem diagnosticados como pessoas com desvios sexuais e sejam submetidos à castração química. O procedimento envolve a administração de hormônios supressores da testosterona com objetivo de frear o desejo sexual. Os homens que passarem por esse processo também terão assistência comportamental e psicológica.

O projeto de lei foi apresentado pela primeira vez em 2008 como resposta ao caso de um homem de 58 anos que atacou e estuprou uma menina de 8. O ataque causou revolta entre os sul-coreanos e deixou a vítima com graves ferimentos. Políticas governamentais, incluindo o aumento do número de policiais perto de escolas e a instalação de câmeras de segurança, não evitaram uma série de casos semelhantes.

Crimes – Um homem de 33 anos que estuprou e assassinou uma menina de 13 anos em fevereiro foi sentenciado à morte na semana passada. Em outro caso de grande repercussão, um homem de 45 anos supostamente sequestrou uma menina da escola fundamental onde ela estuda e a estuprou no porão de uma igreja.

(Com Agência Estado)