A Coreia do Norte parece ter substituído seus guardas de fronteira após a deserção de um de seus soldados para a Coreia do Sul, informou uma fonte do Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano à agência Yonhap. O soldado foi atingido por tiros disparados por seus colegas enquanto tentava atravessar a Área de Segurança Conjunta (JSA, na sigla em inglês), local onde guardas de ambas as coreias se encontram.
“Diante desta situação, os comandantes e oficiais de alta patente responsáveis pelas unidades militares a cargo da segurança fronteiriça poderiam ter sido punidos”, acrescentou a Inteligência sul-coreana.
A mudança de pessoal seria uma resposta ao fracasso dos esquemas existentes para evitar a deserção de militares, da mesma forma que o aparente fechamento da chamada Ponte das 72 horas, através da qual o soldado atravessou rumo ao sul.
Segundo um vídeo de câmeras de vigilância divulgado na última quarta-feira pelo Comando das Nações Unidas, que controla a faixa sul da zona desmilitarizada que divide os dois países, o desertor inicialmente tentou atravessar para a Coreia do Sul a bordo de um veículo 4×4.
No entanto, o veículo ficou preso a poucos metros da linha de demarcação militar que divide em duas a JSA e o homem teve que atravessá-la correndo, enquanto quatro norte-coreanos atiravam. O soldado foi resgatado por militares sul-coreanos e levado ao hospital, onde passou por duas cirurgias e, na terça-feira, recuperou a consciência.
Ainda na terça-feira, dois militares do alto escalão da Coreia do Norte foram substituídos e enviados para “uma reeducação”, segundo informações da Coreia do Sul. O departamento de atuação destes militares era responsável por doutrinar os soldados e evitar deserções.
(Com EFE)