A Coreia do Norte concordou em interromper seus testes com armas nucleares e mísseis se houver conversações com os Estados Unidos, informou a Coreia do Sul. Durante as conversações entre a delegação sul-coreana e o líder Kim Jong-un, também ficou definida a criação de uma linha direta entre os dois países.
O chefe do escritório presidencial sul-coreano de Segurança Nacional, Chung Eui-yong, afirmou nesta terça-feira que a Coreia do Norte disse que está pronta para conversar “de coração aberto” com os Estados Unidos em questões relacionadas a uma possível desnuclearização da Coreia do Norte e à normalização das relações entre Pyongyang e Washington.
Ele informou que a Coreia do Norte também deixou claro que não precisaria manter suas armas nucleares se as ameaças militares contra o país fossem resolvidas e se recebesse garantias de segurança.
Chung também informou que a Coreia do Norte prometeu não usar armas convencionais nem nucleares contra a Coreia do Sul. Os comentários foram feitos depois que os funcionários sul-coreanos voltaram de uma visita à Coreia do Norte, onde se encontraram com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Cúpula em abril
Durante o encontro, as duas Coreias também decidiram realizar uma cúpula em abril, na fronteira, e estabelecer um canal de comunicação entre seus líderes, “para permitir um diálogo estreito e o rebaixamento das tensões militares”, detalhou Chung.
O encontro, que significaria a terceira cúpula da história entre as duas Coreias, será realizado na aldeia da paz de Panmunjeom, na fronteira entre os dois países, anunciou Chung Eui-yong em entrevista coletiva.
A viagem da delação sul-coreana a Pyongyang, a primeira em mais de dez anos de uma representação de alto nível à Coreia do Norte, retribuiu a histórica visita que a irmã do líder norte-coreano, Kim Yo-jong, realizou em fevereiro a Seul, para a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Durante um de seus vários encontros com o presidente sul-coreano Moon Jae-in, a irmã do líder da Coreia do Norte fez um convite para realizar uma cúpula com Kim Jong-un em Pyongyang.
(Com AP e EFE)