A Coreia do Norte entregou hoje (27) aos Estados Unidos os restos mortais de 55 soldados americanos mortos durante a Guerra da Coreia (1950-1953), cumprindo um dos tópicos acordados entre o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un durante reunião em Singapura, no mês passado.
A Casa Branca explicou em comunicado que um avião C-17 da Força Aérea americana, com membros do Comando das Nações Unidas na Coreia a bordo, recolheu os restos mortais em Wonsan (Coreia do Norte). Depois, o avião seguiu para a base aérea de Osan, na Coreia do Sul, onde aterrissou antes do meio dia, no horário local (meia noite, em Brasília).
Os Estados Unidos realizarão uma cerimônia oficial de repatriação na cidade sul-coreana, no próximo 1º de agosto, segundo a Casa Branca, que considerou a entrega de hoje “um primeiro passo significativo” para reiniciar as operações de busca por 5.300 soldados americanos mortos na Coreia do Norte.
“Hoje, Kim Jong-un cumpre parte do compromisso que assumiu com o presidente [Donald Trump] de devolver nossos soldados mortos. Somos encorajados pelas ações da Coreia do Norte e pela mudança positiva”, disse a Casa Branca, através de um comunicado.
Em sua conta no Twitter, o presidente Donald Trump agradeceu Kim Jong-un pela entrega: “Os restos dos soldados americanos deixarão em breve a Coreia do Norte rumo aos Estados Unidos. Depois de tantos anos, este será um grande momento para muitas famílias. Obrigado Kim Jong-un”.
No total, 36.000 militares americanos morreram na Guerra da Coreia, somando as mortes nos territórios do Norte e do Sul, e cerca de 7.700 desapareceram.
Equipes conjuntas dos Estados Unidos e Coreia do Norte recuperaram 229 corpos entre 1996 e 2005, mas Washington suspendeu o programa de busca por conta da deterioração das relações entre os dois países. Em 2007, Pyongyang entregou outros seis corpos.
Segundo a imprensa americana, durante os próximos cinco dias, peritos farão uma análise preliminar dos restos mortais, que depois da cerimônia de 1º de agosto serão transferidos para um laboratório do Pentágono, no Havaí, para tentar identificá-los por testes de DNA.
(Com EFE)