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Convidado pela Rússia, Roger Waters condena invasão à Ucrânia na ONU

Apesar das críticas, cofundador do Pink Floyd disse acreditar que a agressão foi provocada, mas que é hora de um cessar-fogo

Por Da Redação
Atualizado em 8 fev 2023, 18h35 - Publicado em 8 fev 2023, 18h17
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  • A convite da Rússia, o músico Roger Waters, cofundador da banda britânica Pink Floyd, se dirigiu ao Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira, 8. Em discurso, ele condenou a invasão à Ucrânia como ilegal, mas disse acreditar que a agressão foi provocada, mas que é hora de um cessar-fogo.

    A reunião do Conselho de Segurança foi convocada pela Rússia para discutir a entrega de armas ocidentais à Ucrânia, depois de países como Estados Unidos e Alemanha anunciaram o envio de poderosos tanques de guerra.

    A decisão de Moscou de convidar o músico, no entanto, foi criticada. “A diplomacia russa costumava ser séria. O que vem depois? O Mr. Bean?” disse um diplomata do Conselho de Segurança da ONU, que falou sob condição de anonimato, à agência de notícias Reuters.

    O vice-embaixador dos Estados Unidos na ONU, Richard Mills, reconheceu as “impressionantes credenciais como artista musical” de Waters, mas disse que suas qualificações para falar sobre controle de armas ou questões de segurança europeia eram “menos evidentes”.

    Em setembro, Waters foi extremamente criticado por apoiadores da Ucrânia quando publicou uma carta aberta em seu site direcionada à primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, argumentando ser contra o fornecimento de armas a Kiev. O músico pedia para que ela e seu marido, o presidente Volodymyr Zelensky, buscassem “uma rota diferente” para “parar o massacre na Ucrânia”.

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    + Guerra na Ucrânia: a hora e a vez dos blindados

    Antes da reunião desta quarta-feira, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, brincou: “Ele tem uma posição e você a ouvirá amanhã (…) Talvez ele cante para nós também”. 

    No final de janeiro, os Estados Unidos e a Alemanha anunciaram o envio de tanques M1 Abrams e Leopards 2. A iniciativa, considerada uma quebra de tabu para os países fornecerem armas com propósito ofensivo e não defensivo, incentivou outros países aliados da Otan a mandar armamentos à Ucrânia. 

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    Zelensky tem pedido desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022, a ajuda militar dos países ocidentais. Nesta quarta-feira, por exemplo, o chefe de Estado da Ucrânia visitou o Reino Unido e fez um discurso afiado, solicitando o envio de aviões militares a jato britânicos para o campo de batalha contra a Rússia

    + Últimas 24 horas foram as mais mortais para russos desde início da guerra

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