Consumismo bolivariano no Foro de São Paulo
No primeiro dia, venderam-se oito 'Chavecitos', boneco de plástico do presidente venezuelano Hugo Chávez
Se nos seus primórdios o Foro de São Paulo era comandado por brasileiros e cubanos, este ano o encontro está totalmente a serviço do presidente venezuelano Hugo Chávez.
A constatação fica evidente na loja de quinquilharias do hotel Alba Caracas, onde se realiza o evento. Só no primeiro dia, venderam-se oito ‘Chavecitos’, o boneco de plástico que tem a imagem do presidente venezuelano Hugo Chávez.
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Quando um botão é pressionado nas costas do brinquedo, ‘Chavecito’ desanda a falar sobre a perfeição do seu sistema bolivariano. O texto, repetitivo, dura 45 segundos. O tempo é longo e a pilha é curta. É difícil achar um que ainda tenha energia.
Há três modelos diferentes: com uniforme camuflado, uniforme verde oliva e camiseta vermelha. Cada um custa dezessete reais. Sai mais barato que a boina de couro, de vinte reais.
Os mais abonados poderão levar de recordação da viagem um uniforme completo do exército venezuelano. Pela pechincha de 120 reais, qualquer um pode ficar igualzinho ao comandante.
Chávez, o verdadeiro, sempre atacou o que chama de “império”. É mais do velho antiamericanismo de sempre. Nas prateleiras do Alba, o único império existente por aqui é o bolivariano.