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Como Milei ficou sem avião presidencial para visitar Bolsonaro no Brasil

Um soluço na viagem que reunirá as duas personalidades da extrema direita é o trajeto entre Buenos Aires e Santa Catarina, onde ocorre fórum conservador

Por Amanda Péchy, de Balneário Camboriú
Atualizado em 8 jul 2024, 16h34 - Publicado em 6 jul 2024, 15h15
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  • Javier Milei
    Javier Milei, presidente da Argentina. - (Tomas Cuesta/Getty Images)

    O presidente da Argentina, Javier Milei, e sua comitiva partirão para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, às 19h30 deste sábado, 6, para participar da Conferência de Ação Política Conservadora, a CPAC Brasil, um fórum da direita intimamente ligado ao bolsonarismo. O líder argentino também deve ter uma reunião bilateral com o ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, ocorreu uma turbulência – proverbial, não literal – no trajeto. Ao que tudo indica, Milei deve viajar em uma aeronave da Força Aérea Argentina, porque ficou sem avião presidencial.

    De acordo com o jornal argentino Clarin, a aeronave ficará parada para fazer reparos, após o a secretaria geral da Presidência argentina deixar de renovar duas licitações – uma em março e outra há cerca de duas semanas. Os contratos incluíam uma revisão deixada pelo governo do ex-presidente Alberto Fernández, que previa atualização de US$ 3 milhões do sistema de satélite do avião presidencial, o ARG-01.

    Outra questão, ainda segundo o Clarín, é que a aeronave não pode voar desde 26 de junho do ano passado, quando expiraram as extensões autorizadas por órgãos internacionais de aviação. Agora, o governo terá que solicitar um plano de manutenção à Boeing para o avião presidencial e avaliar se convoca uma nova licitação.

    Reunião com Bolsonaro

    O CPAC evento é uma outra edição daquele ao qual o mandatário argentino compareceu, em fevereiro, nos Estados Unidos, quando se encontrou com o ex-líder americano Donald Trump, a quem desejou vitória na atual eleição presidencial. Além de uma bilateral com Bolsonaro e um jantar que deve contar com 100 convidados, muitos dos quais pagantes, Milei terá reuniões com o governador do estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, e com um grupo de empresários locais da Federação das Indústrias.

    O presidente argentino estará acompanhado pela secretária-geral da presidência, Karina Milei, pelo ministro da Defesa, Luis Petri, e pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni.

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    A participação de Milei na conferência foi confirmada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni. A sua presença no fórum conservador se contrapõe com a ausência prevista na Cúpula do Mercosul, no dia 8 de julho, em Assunção, no Paraguai. Eduardo Bolsonaro escreveu na plataforma X, antigo Twitter, que Milei fará uma reunião bilateral com o ex-presidente, Jair Bolsonaro. Já Lula nunca se encontrou diretamente com o presidente da Argentina, com quem trava uma guerra de palavras que deixou os dois países à beira de uma crise diplomática.

    Durantes as eleições presidenciais argentinas, a família Bolsonaro apoiou a candidatura de Milei, com quem também manteve reuniões presenciais e virtuais no período. Além disso, o mandatário argentino também convidou Jair Bolsonaro para sua cerimônia de posse. Enquanto isso, Lula apoiou o ex-ministro da Economia, o peronista Sergio Massa, no pleito e não compareceu à posse de Milei.

    Relações prejudicadas

    Depois de uma melhora de relacionamento entre Brasil e Argentina, o encontro de Milei com Bolsonaro e a ausência do mandatário na cúpula do Mercosul podem representar uma piora das relações bilaterais entre os dois países.

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    Em uma declaração em entrevista ao UOL sobre a repatriação de 180 brasileiros foragidos por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, Lula afirmou que tenta lidar com a situação da “forma mais diplomática possível”, mas que ainda não tinha conversado com Milei porque ele deveria pedir “desculpas ao Brasil e a mim”.

    Em resposta, o argentino se recusou a pedir perdão ao homólogo brasileiro e o descreveu como um “canhoto” com “ego inflado”. O imbróglio ocorreu após a Polícia Federal pedir a extradição de foragidos do ataque de 8 de Janeiro que pediram asilo político à Argentina.

    Outras recentes críticas de Milei a variados líderes colocaram-no em maus lençóis, incluindo uma briga pública com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, e o presidente boliviano, Luis Arce.

    Na mesma postagem no X nesta terça-feira, Milei afirmou que uma tentativa de golpe na semana passada na Bolívia foi uma “fraude”, repetindo comentários recentes de seu gabinete que levaram o governo da Bolívia a chamar o embaixador argentino para uma reprimenda.

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    No fórum coordenado pelo Instituto Liberal Conservador, Milei falará no domingo, às 16h. Antes disso, terá reuniões com o governador do estado de Santa Catarina e posteriormente com um grupo de empresários locais da Federação das Indústrias. O Presidente estará acompanhado pela Secretária-Geral da Presidência, Karina Milei, pelo Ministro da Defesa, Luis Petri, e pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni.

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