Francesco Schettino, comandante do navio naufragado Costa Concordia, deve permanecer em prisão domiciliar, segundo seu advogado, Bruno Leporatti. A decisão foi tomada nesta terça-feira, pela juíza do Tribunal de Grosseto, Valeria Montesarchio, em uma audiência preliminar de três horas de duração. Na mesma sessão, ficou decidido que o capitão será submetido a um exame toxicológico para averiguar se ele usou drogas na noite do acidente.
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Entenda o caso
- • O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.
- • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.
- • Onze mortos foram confirmados até agora.
- • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.
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Diante da corte, Schettino negou ter abandonado o cruzeiro após o naufrágio ocorrido na noite de sexta-feira, na costa da Itália, quando pelo menos 11 pessoas morreram. “Ele declarou aos juízes que não abandonou o navio e que salvou milhares de vidas”, disse Leporatti após o depoimento. O comandante foi preso no sábado sob acusação de homicídio múltiplo por imprudência, naufrágio e abandono de navio. Se condenado, ele pode pegar até 15 anos de prisão.
Declarações – Schettino admitiu também que estava no comando do navio no momento do impacto da embarcação com um banco de areia próximo à Ilha de Giglio, no Mar Tirreno, a cerca de 40 quilômetros da costa italiana. A declaração confirma os primeiros resultados da investigação, segundo a qual o comandante dispunha do controle da rota planejada nas imediações da ilha.
Um áudio divulgado mais cedo, porém, contradiz a versão da defesa. A gravação do diálogo entre Schettino e a Guarda Costeira, mostra claramente o comandante Gregorio Maria De Falco, da Capitania do Porto de Livorno, ordenando que ele volte para a embarcação e ajude na evacuação dos passageiros.
Ouça, abaixo, o diálogo que comprova a fuga do comandante do Costa Concordia: