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Com mudança de status, Bósnia dá novo passo para entrar na União Europeia

País precisa agora implementar uma série de reformas para ter chance de fazer parte do bloco europeu

Por Matheus Deccache 13 dez 2022, 15h05

Os países da União Europeia concordaram nesta terça-feira, 13, em conceder à Bósnia o status de candidato para ingressar no bloco, colocando a nação dos Bálcãs no início de um longo caminho para a adesão completa. 

A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, deu um novo ânimo à UE de considerar a entrada de mais países do leste europeu depois de anos de paralisação. O principal motivo é o receio de que China e Rússia possam espalhar sua influência nas nações frustradas por não conseguirem fazer parte do bloco europeu. 

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Durante reunião em Bruxelas nesta terça, os ministros dos Assuntos Europeus dos 27 Estados-membros deram aval para que a Bósnia se torne uma candidata após a Comissão Europeia, braço executivo do bloco, recomendar em outubro que eles lançassem o processo de adesão. 

Espera-se agora que a medida seja formalmente assinada por todos os líderes já na próxima quinta-feira, 15. O ministro tcheco dos Assuntos Europeus, cujo país detém a Presidência rotativa da União Europeia, disse que as nações estavam “enviando uma forte mensagem de seu compromisso com a ampliação do bloco”.

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A ministra das Relações Exteriores da Bósnia, Bisera Turkovic, afirmou que o novo status permitirá ao país acessar novos fundos e investimentos. 

“Economicamente, investidores de todo o mundo passarão a enxergar a Bósnia. É um claro lado positivo e uma chance de progresso”, disse.

Apesar da medida, ainda há um receio por parte da Europa em relação ao país devido à sua instabilidade política causada pela Guerra da Bósnia, há 30 anos. Mesmo com o sistema administrativo criado pelo Acordo de Paz de Dayton, em 1995, a nação não consegue fornecer uma estrutura básica para o desenvolvimento político nacional devido à grande divisão étnica. 

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Por conta disso, a Comissão Europeia estabeleceu 14 prioridades para a reforma que insiste que o governo bósnio deve passar antes de avançar para a próxima fase, que é a abertura das negociações formais para a adesão. 

Entre elas está a reforma do sistema judiciário, o combate à corrupção e mudanças constitucionais e eleitorais. 

Com a mudança, a Bósnia se junta a Turquia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia, Albânia, Moldávia e Ucrânia como países que detém status de candidato a fazer parte da União Europeia. O processo, no entanto, pode levar anos, uma vez que as reformas são rigorosamente analisadas por Bruxelas. 

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