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Com máquinas soviéticas, Rússia constrói rede de trincheiras na Crimeia

O maquinário utilizado na construção é capaz de cavar 800 metros por hora, com até 60 centímetros de largura e 1,5 metro de profundidade

Por Da Redação
11 abr 2023, 15h42

O exército russo está construindo uma rede de trincheiras na Crimeia, região ucraniana anexada por Vladimir Putin, presidente da Rússia, em 2014, para combater uma possível contra-ofensiva ucraniana. As informações foram divulgadas na segunda-feira, 3, pelo jornal americano The Washington Post.

As trincheiras foram construídas com escavadeiras BTM-3 da época da União Soviética. O maquinário é capaz de cavar 800 metros por hora, em retas ou curvas, buracos com até 60 centímetros de largura e 1,5 metro de profundidade. Para auxiliar na operação, trabalhadores locais receberam US$ 90 (cerca de R$ 450) por dia.

Com a potência da escavadeira, a expansão das barricadas ocorreu rapidamente. Imagens de satélite analisadas pelo Washington Post mostram que, no dia 27 de fevereiro, o terreno da vila de Vitino, no Saky Raion da Crimeia, parecia intocado, mas uma linha de trincheiras já pôde ser avistada em 12 de março. As imagens também mostram armas dentro dos buracos.

A construção ao lado do Mar Negro acrescenta uma camada extra de dificuldade para defesa ucraniana. O jornal aponta, ainda, que a Crimeia passou a ser “um dos territórios mais fortificados” desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

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O Kremlin decidiu aprimorar a linha de defesa para reforçar as fronteiras da Crimeia com a Ucrânia. A área anexada tem importância estratégica para Moscou, já que conecta os territórios russos e ucranianos através de pontes e estradas de terra.

Caso a Crimeia seja retomada por Kiev, forças russas na região ficariam isoladas, devido ao corte de rotas para o envio de equipamentos militares e de soldados. O isolamento também traria benefícios por dificultar ataques terrestres contra os soldados ucranianos.

Como a força marítima e aérea do governo de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, é insuficiente, contudo, a reconquista do território é quase que impossível.

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