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Com a chegada do inverno, Ucrânia vai retirar civis de Kherson e Mykolaiv

Autoridades temem que ataques da Rússia à infraestrutura energética são graves demais para civis sobreviverem em áreas recém-libertadas

Por Da Redação
22 nov 2022, 08h59

A Ucrânia informou na noite de segunda-feira, 20, que vai retirar civis de áreas recentemente reconquistadas, inclusive nas regiões de Kherson e Mykolaiv, por temores de que os danos à infraestrutura energética causados por ataques da Rússia sejam graves demais para as pessoas sobreviverem ao inverno.

Moradores das duas regiões do sul, que foram bombardeadas regularmente pelas forças russas nos últimos meses, foram aconselhados a se mudar para áreas mais seguras nas partes central e ocidental do país, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.

O governo fornecerá transporte, acomodação e assistência médica, acrescentou ela.

As evacuações ocorrem pouco mais de uma semana depois que a Ucrânia retomou a cidade de Kherson – que permanece perto da linha de frente – e áreas ao redor. A libertação marcou um grande ganho no campo de batalha, enquanto as remoções de civis destacam as dificuldades que a Ucrânia enfrenta após ataques contra suas hidrelétricas, barragens e usinas de energia.

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Os ataques russos à rede elétrica da Ucrânia causaram blecautes generalizados e deixaram milhões de ucranianos sem aquecimento, energia ou água, enquanto o frio gelado e a neve cobrem a nação. Segundo Volodymyr Kudrytskyi, chefe da operadora de rede estadual, Ukrenergo, pelo menos 15 regiões do país estão suscetíveis a quedas de energia de quatro horas ou mais, depois que mais de 40% das instalações de energia ucranianas foram danificadas por ataques de mísseis russos nas últimas semanas.

A situação na capital, Kiev, e em outras grandes cidades deteriorou-se drasticamente após o maior ataque com mísseis à rede elétrica do país na última terça-feira 15. A Ukrenergo disse que 40% dos ucranianos estão enfrentando dificuldades devido a danos em pelo menos 15 grandes centros de energia na Ucrânia.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, enfatizou a necessidade da população ser resiliente diante de um possível apagão. “Na verdade, não gosto de falar disso, mas temos de estar preparados se [não] tivermos eletricidade, apagões, falta de água, falta de aquecimento, falta de serviços de comunicação”, disse na sexta-feira passada.

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A notícia da retirada de civis de Kherson e Mykolaiv veio após uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica relatar que um bombardeio na usina nuclear de Zaporizhzhia causou danos generalizados ao fornecimento de energia, mas não havia risco nuclear imediato.

A usina de Zaporizhzhia fornecia cerca de um quinto da eletricidade da Ucrânia antes da invasão da Rússia e foi forçada a operar com geradores de reserva várias vezes. A planta tem seis reatores resfriados a água e moderados a água, projetados pelos soviéticos, contendo urânio-235.

Os reatores estão desligados, mas existe o risco de o combustível nuclear superaquecer se a energia que aciona os sistemas de resfriamento for cortada.

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