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Cidades europeias anunciam restrições após aumento de casos de Covid-19

Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como 'alarmante' o crescimento da pandemia na quinta-feira 17

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 15h16 - Publicado em 18 set 2020, 14h56

Um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter classificado o surgimento de novos casos de Covid-19 como “alarmantes” na Europa, diversas cidades do continente anunciaram nesta sexta-feira, 18, a imposição de novas restrições para conter a disseminação da doença.

No Reino Unido, são 3.000 novos casos por dia, com região mais afetada sendo o nordeste da ilha. O governo britânico determinou a proibição da reunião de mais de seis pessoas, incluindo crianças.

Em pubs, somente serão permitidos os atendimentos na mesa, enquanto locais de entretenimento terão que permanecer fechados entre 22h e 17h. O Reino Unido soma mais de 380.000 casos, incluindo 41.705 mortes.

Na Espanha, as autoridades de Madri reconheceram que se viram sobrecarregadas pelo ressurgimento de novos casos. Nas últimas semanas, a região, de 6,6 milhões de habitantes, concentra um terço dos novas infecções e mortes registrados no país, que já registrou mais de 640.000 casos, incluindo 30.495 mortes.

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“É preciso fazer o que for preciso para controlar a situação em Madri”, disse o ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, na quinta-feira 17.

Diante do agravamento da situação, as autoridades regionais tiveram de anunciar, nesta sexta, novas restrições que entrarão em vigor nos próximos dias. O objetivo é “restringir a mobilidade e também diminuir a atividade em áreas (…) onde há maior transmissão do vírus”, disse o chefe regional de Saúde, Antonio Ruiz Escudero.

O ministro regional da Justiça, Enrique López, reconheceu que a palavra confinamento “gera ansiedade” e destacou que o governo da Comunidade de Madri pretende apenas “reduzir a mobilidade e os contatos” para prevenir os riscos, sem chegar ao extremo de confinar a população.

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Na França, as cidades de Gironde, situada na região de Bordeaux, e Bouches-du-Rhône, em Marselha, também anunciaram novas restrições, uma vez que a doença avança rapidamente. Em Gironde, a secretária de Segurança Publica, Fabianne Buccio, reduziu o número de participantes em eventos e locais públicos. Além disso, reuniões entre amigos e famílias deverão ser limitadas a no máximo 10 pessoas.

Já em Bouches-du-Rhône, a prefeita da cidade, Michèle Rubirola, optou por um caminho menos restritivo e mais “pedagógico”. O uso mandatório de máscaras em lugares fechados continua em vigor, ao ar-livre se torna opcional.

A França possui mais de 415.000 casos, incluindo 31.095 mortes.

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Na quinta-feira, a OMS também manifestou preocupação com a redução do tempo de quarentena por parte de alguns países europeus, como a França. A organização continua recomendando um isolamento de 14 dias para todas as pessoas que tiveram contato com indivíduos infectados.

Desde o início da pandemia, a Europa registrou 4.893.614 casos e 226.524 mortes por Covid-19. É uma parcela expressiva dos quase 30 milhões de contágios e 941.000 mortes mundiais.

“Os números de setembro deveriam servir de alerta para todos nós na Europa, onde o número de casos é superior aos registrados em março e abril”, disse Hans Kluge, diretor regional da OMS na Europa. Ele afirmou que os casos registrados na região na semana passada ultrapassaram os 300.000.

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Nas últimas duas semanas, mais da metade dos países europeus registrou um aumento de casos superior a 10% e em sete deles o número chegou a duplicar. Na França, foram registrados 10.000 novos contágios nas últimas 24 horas. O país organiza testes em massa, mas, segundo Klugle, mesmo assim são “taxas alarmantes de transmissão em toda a região”. 

(Com AFP)

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