A Nova Zelândia anunciou estado de emergência nacional, depois que o ciclone Gabrielle atingiu o país nesta terça-feira, 14. Considerado pelas autoridades um desastre natural “ precedentes”, as enchentes causadas pelo fenômeno obrigaram moradores a subirem em telhados e diversas casas foram destruídas por deslizamentos de terra.
As autoridades informaram que, ao todo, 2.500 pessoas tiveram que deixar suas casas até o momento. No entanto, esse número pode mudar, já que ainda existem grandes áreas inacessíveis e sem telecomunicações.
“O ciclone Gabrielle é o evento climático mais significativo que a Nova Zelândia já viu neste século. A gravidade e os danos que estamos vendo não são sentidos há uma geração”, disse o primeiro-ministro, Chris Hipkins, nesta terça-feira.
“Ainda estamos construindo uma imagem dos efeitos do ciclone enquanto ele continua a se desenrolar. Mas o que sabemos é que o impacto é significativo e generalizado”, acrescentou.
Com menos de uma semana desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, Hipkins precisa lidar com a primeira crise causada por um desastre natural em seu governo. O progressistas assumiu o mandato depois que a ex-primeira-ministra, Jacinda Ardern, renunciou ao cargo no dia 7 de fevereiro.
Esta é a terceira vez na história do país que um estado de emergência nacional foi declarado. Isso significa que o governo pode enviar recursos para todo o país a fim de reforçar os esforços de defesa civil.
Além disso, o ciclone ocorreu logo depois das inundações devastadoras em Auckland e Northland, que causaram grandes danos quinze dias antes.
Por causa do ciclone, enchentes submergiram casas e prédios, sendo que várias regiões se encontram completamente isoladas. Em Hawke’s Bay, helicópteros militares foram incapazes de alcançar as pessoas ilhadas nos telhados por conta do clima. Os deslizamentos de terra ao redor do lugar destruíram casas e bloquearam rodovias estaduais.
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No momento, avaliar a extensão dos danos é extremamente difícil e não foi possível estimar os números formais de pessoas que abandonaram suas casas, estão feridas ou tiveram casas destruídas.
“Vai demorar um pouco para entendermos exatamente o que aconteceu”, disse o primeiro-ministro. “Muitas famílias foram deslocadas, muitas casas estão sem energia elétrica, grandes danos atingiram todo o país.”
Hipkins também afirmou que a recuperação será demorada. De acordo com ele, algumas pessoas vão ficar deslocadas de suas casas por um longo período de tempo.
Para o ministro da mudança climática, James Shaw, os efeitos devastadores do ciclone seriam as consequências da “crise do clima”. Em um discurso furioso ao parlamento, ele condenou “as décadas” que foram “perdidas” depois de anos discutindo se a mudança climática era “real ou não”.
O primeiro-ministro também indicou que o ciclone, e outros eventos climáticos extremos, teriam que mudar como e onde a Nova Zelândia constrói casas. As áreas mais afetadas estão ao redor da costa leste e bem ao norte da Ilha do Norte. As comunidades da região costeira de Gisborne, partes de Hawke’s Bay e Northland foram totalmente isoladas.
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As condições atuais dificultam operações de resgate, cujo acesso a várias regiões da Ilha do Norte foi restrito por conta do solo instável e estradas fechadas.
A ministra da Energia, Megan Wood, cortou a energia para cerca de 225 mil pessoas na Ilha do Norte na tarde desta terça-feira. O operador da rede nacional alertou que a energia pode não ser restabelecida para alguns por “dias ou semanas”.
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