CIA começa a enviar armas para rebeldes sírios, diz jornal
Reportagem do 'The Washington Post' afirma que remessas incluem armas leves, munições e aparelhos de comunicação
Por Da Redação
12 set 2013, 13h12
A CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, começou a entregar armas e munições para os rebeldes sírios. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo jornal americano The Washington Post, que citou fontes americanas e do país árabe. Segundo a reportagem, as remessas começaram há duas semanas e incluem armas leves, munições, equipamentos de comunicação e kits médicos.
Em junho, a Casa Branca havia anunciado que o presidente Barack Obama havia autorizado o envio de armas para os rebeldes sírios, mas nenhuma remessa havia chegado ainda. Segundo o Washington Post, o atraso foi causado por problemas logísticos e pelo medo de que o armamento pudesse cair nas mãos de radicais islâmicos.
Se confirmado, o envio de armas para os rebeldes ocorre em um momento decisivo da guerra civil na Síria, que se arrasta desde o início de 2011. Nesta quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, vai se encontrar com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, para discutir uma saída diplomática que evite uma eventual intervenção direta dos americanos no conflito.
Desde 21 de agosto, quando o ditador sírio Bashar Assad foi acusado de usar armas químicas contra a população em um ataque que deixou mais de 1.400 mortos, a administração de Barack Obama vem insistindo numa ação militar punitiva contra o regime de Damasco.
Já os russos, que são aliados de Assad e grandes fornecedores de armas para o regime, se opõem a qualquer intervenção. Kerry e Lavrov vão discutir a iniciativa russa que propôs que Assad entregue o controle de seu arsenal químico a uma comissão internacional, o que pode ser uma medida para evitar um ataque americano. Nesta quinta-feira, Assad confirmou que seu governo concorda com o plano.
Remessas – Segundo o Washington Post, não é apenas a CIA que está enviando remessas para os rebeldes. Veículos, alimentos e outros equipamentos não letais também estão sendo enviados de maneira oficial pelo Departamento de Estado dos EUA. De acordo com o jornal, membros da administração Obama acreditam que o material pode ajudar os rebeldes a recuperar terreno na guerra contra Assad. Ao todo, os EUA estão investindo 250 milhões de dólares na causa.
A maior parte da ajuda está sendo direcionada para uma das facções rebeldes, o Conselho Militar Supremo. O grupo é liderado pelo general Salim Idriss, um desertor do Exército de Assad que é visto pelos EUA como um moderado. No entanto, um dos porta-vozes da facção, Khaled Saleh, disse ao jornal que a ajuda enviada pelos americanos ainda é insuficiente. “Qualquer apoio é um alívio, mas se você comparar com o que Assad está recebendo do Irã e da Rússia vai ver que temos uma longa batalha pela frente”, disse.
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Um membro do governo americano disse ao jornal que “o armamento não resolve todas as necessidades, mas é melhor do que nada”. Segundo essa fonte, a Casa Branca ainda está relutante em fornecer armamento mais pesado, como armas antitanques e antiaéreas.
Ainda segundo o Washington Post, para chegar até os rebeldes, o armamento percorre uma extensa rede que passa por bases na Turquia e na Jordânia.
Procurada pelo jornal e por agências de notícias, a CIA disse que não ia comentar os supostos envios de armas.
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