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Sete em cada dez americanos rejeitam operação militar na Síria, diz pesquisa

Levantamento, no entanto, aponta que oito em cada dez cidadãos americanos acreditam que Bashar Assad usou armas químicas contra a população

Por Da Redação
9 set 2013, 14h23

Uma nova pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostra que a maioria da população dos Estados Unidos é contra qualquer tipo de intervenção militar na Síria. O levantamento, feito em conjunto pela rede CNN e a auditoria ORC International, apontou que sete em cada dez cidadãos americanos rejeitam um ataque ao regime do ditador Bashar Assad. O resultado é preocupante para a administração de Barack Obama, uma vez que a pesquisa também demonstra que oito em cada dez americanos acreditam que as forças de Assad foram responsáveis pelo massacre que matou 1.400 pessoas na periferia de Damasco, em 21 de agosto, segundo os Estados Unidos.

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Obama se elegeu com uma política de forte oposição às guerras no Oriente Médio iniciadas pelo antecessor George W. Bush. O presidente, contudo, passou a defender uma intervenção militar na Síria depois de considerar que o uso de armas químicas seria uma “linha vermelha” que não poderia ser cruzada pelo regime de Assad. Antes disposto a ordenar uma ação por contra própria, Obama decidiu consultar o Congresso após sofrer forte rejeição popular. O premiê britânico, David Cameron, foi o primeiro líder a consultar o Parlamento, mas abandonou os planos de atacar a Síria depois de ter a proposta rejeitada na Casa.

Para evitar um fracasso semelhante no Congresso, Obama passou a se reunir com lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado para angariar apoio a sua causa. O secretário de Estado, John Kerry, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel, também mantiveram contato direto com os políticos, além de participarem de sabatinas para defender a estratégia governista e solucionar as dúvidas levantadas pelos congressistas. Um dos encontros na Comissão de Relações Exteriores do Senado resultou no documento que deverá ser votado nesta semana, cujo texto propõe uma intervenção militar de até noventa dias e sem o envio de tropas terrestres.

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A Casa Branca tem frisado que Obama possui autoridade suficiente para ordenar um ataque à Síria, mesmo se o Congresso rejeitar o plano militar contra Assad. A pesquisa, no entanto, indica que a ampla maioria da população não acredita que o envolvimento na guerra civil síria seja um dos interesses nacionais dos Estados Unidos, ou surtirá efeitos significativos. A CNN aponta, ainda, que 59% dos entrevistados esperam a rejeição dos congressistas à resolução elaborada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. Os cidadãos americanos também deixaram claro que a forma como os políticos votarem não influenciará nas escolhas das próximas eleições.

O levantamento sobre a Síria foi feito durante os dias 6 e 8 de setembro, por telefone. A auditoria ouviu 1.022 adultos americanos ao longo da pesquisa. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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