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China quer que novo papa corte laços com Taiwan

Porta-voz do governo diz que país quer estreitar relações com a Santa Sé, mas condiciona movimento a iniciativa do pontífice contra a ilha

Por Da Redação
14 mar 2013, 11h15
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  • Com a eleição do novo papa, a China anunciou que espera melhorar sua ligação com a Igreja Católica Romana. Para isso, no entanto, afirma que a Santa Sé precisa cortar relações diplomáticas com Taiwan. “Somos sinceros ao dizer que queremos melhorar o relacionamento”, disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying. Mas o Vaticano “deve parar de interferir nas relações internacionais da China, inclusive em nome da religião”.

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    Entre 8 e 12 milhões de católicos chineses estão divididos entre a Associação Católica Patriótica Chinesa, comandada pelo Partido Comunista, que tem nomeado bispos sem a aprovação do Vaticano, e uma comunidade católica clandestina, cujas reuniões são privadas, para evitar o controle do estado. Apesar disso, a igreja clandestina atrai o dobro de fiéis da instituição ligada ao PC.

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    A China cortou relações diplomáticas com a Santa Sé pouco depois da revolução comunista de Mao Tsé-tung, em 1949. Desde então, exige que o Vaticano corte os laços com o governo autônomo de Taiwan, que Pequim considera uma província separatista.

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    Hua Chunying afirmou que a Santa Sé deve rever o reconhecimento diplomático que faz de Taiwan. “Esperamos que a Igreja Católica, sob a liderança no novo papa, possa trabalhar duro junto com a China e criar condições propícias para a melhora das relações”.

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    Taiwan, por sua vez, acredita que a parceria religiosa, acadêmica e cultural com o Vaticano vai ser aprofundada com o novo pontífice, eleito nesta quarta-feira.

    Os comentários de Hua demonstram que a China espera que o novo papa dê o primeiro passo. Bento XVI havia encorajado a reconciliação entre os dois lados da dividida igreja na China e abriu um diálogo com o país.

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    Anteriormente, o Vaticano condenou o que considerou “pressões externas” sobre os católicos do país, e o governo deteve bispos ordenados pelo Vaticano que se separaram da Associação Católica Patriótica.

    Nas missas da versão da Igreja que segue os preceitos do PC, as pregações incentivam o amor à pátria, mas não há condenações aos abortos praticados no país. Muitos dos padres são casados

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    A Constituição chinesa fala em liberdade de religião, mas as lideranças comunistas do governo oficialmente ateísta temem o apelo moral de um poder superior.

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    (Com agência Reuters)

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