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China proíbe funcionários do governo de usar iPhones para trabalhar

Proibição acontece em meio a plano de Pequim para diminuir sua dependência de tecnologia estrangeira

Por Da Redação
6 set 2023, 10h49
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  • A China proibiu nesta quarta-feira, 6, o uso de iPhones da Apple e outros dispositivos de marcas estrangeiras por funcionários do governo durante o trabalho. A orientação é que esses smartphones sequer sejam levados para o escritório.

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    De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, os funcionários do governo chinês receberam instruções dos seus superiores em aplicativos de mensagens ou reuniões no local de trabalho, mas a abrangência das ordens não ficou clara. Além disso, nenhum outro telefone além do iPhone.

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    A nova medida gerou preocupação entre as empresas estrangeiras com operações na China, que viram a proibição como uma nova marca no aumento das tensões com os Estados Unidos.

    A proibição ocorre uma semana antes de um evento da Apple, que deve lançar uma nova linha de smartphones. As ações da fabricante do iPhone caíram 0,7% nas negociações de pré-mercado por conta da matéria do Post. Mesmo assim, as chances de um impacto imediato nos lucros são baixas, já que o iPhone é extremamente popular na China.

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    Há mais de uma década, a China tenta reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras. No começo, orientou que empresas conectadas ao Estado, como os bancos, usassem apenas softwares nacionais e promoveu a produção local de semicondutores (os chips que alimentam desde celulares até armas de guerra).

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    Pequim intensificou essa campanha em 2020, quando propôs um modelo de crescimento de “dupla circulação”, para reduzir a dependência de tecnologia estrangeira e aumentar a segurança de dados nacionais. Em maio deste ano, o governo aumentou a pressão sobre grandes empresas estatais para alcançarem autossuficiência tecnológica.

    Enquanto isso, as tensões com os Estados Unidos aumentaram. Washington, com aliados na Ásia e Europa, tenta bloquear o acesso da China a equipamentos vitais para que sua indústria de chips seja competitiva.

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    Com a medida contra a Apple, que emprega mais de um milhão de trabalhadores chineses, nenhuma outra empresa americana parece estar imune ao projeto chinês de autossuficiência.

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    A restrição chinesa também reflete proibições semelhantes tomadas nos Estados Unidos. Nos últimos meses, legisladores americanos, europeus e canadenses intensificaram esforços para banir o TikTok, popular aplicativo de vídeos curtos que pertence à empresa chinesa ByteDance, citando ameaças à segurança.

    A Casa Branca orientou funcionários do governo a excluírem o aplicativo de seus smartphones em fevereiro, o que se repetiu em nível municipal em várias cidades, como Nova York. No mês seguinte, um comitê da Câmara dos Deputados apoiou uma medida ainda mais extrema, votando a favor de uma legislação que permitiria ao presidente americano, Joe Biden, banir o TikTok de todos os dispositivos no país.

    Outros países e órgãos governamentais também baniram o uso do aplicativo por funcionários ligados à máquina pública. Entre eles: Reino Unido, Austrália, Canadá, União Europeia, França e Nova Zelândia.  

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