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China alerta para conflito ‘inevitável’ com os EUA e defende Rússia

Em coletiva de imprensa belicosa, novo ministro das Relações Exteriores chinês criticou Washington pelo apoio a Taiwan e pelo incidente do balão espião

Por Da Redação
Atualizado em 7 mar 2023, 18h55 - Publicado em 7 mar 2023, 08h53

O novo ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, disse nesta terça-feira, 7, que os Estados Unidos e a China estão caminhando para um conflito inevitável se Washington não mudar sua abordagem em relação a Pequim. Durante uma coletiva de imprensa, ele também defendeu o fortalecimento do relacionamento de seu país com a Rússia.

Em seu primeiro discurso após ser nomeado pelo presidente Xi Jinping, Qin delineou a agenda de política externa da China para os próximos anos. Segundo ele, a China e seu relacionamento com a Rússia são uma fonte de força e estabilidade, e os Estados Unidos e seus aliados, uma fonte de tensão e conflito.

Qin alegou que Washington quer superar a China, “mas, na realidade, a chamada competição do lado dos americanos é contenção e supressão total, um jogo de soma zero onde você morre e eu vivo”.

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“Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma proteção poderá impedir o descarrilamento, e certamente haverá conflito e confronto”, afirmou o chanceler chinês.

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Qin defendeu ainda a estreita amizade entre a China e a Rússia, que se intensificou à luz da guerra na Ucrânia. O novo ministro disse que os laços entre Pequim e Moscou “são um exemplo para as relações exteriores globais”.

“Com a China e a Rússia trabalhando juntas, o mundo terá uma força motriz”, disse. “Quanto mais instável o mundo se torna, mais imperativo é para a China e a Rússia avançarem constantemente em suas relações.”

+ EUA alertam China a não enviar armas à Rússia para guerra na Ucrânia

Os comentários de Qin se alinharam com um discurso de Xi a delegados políticos na segunda-feira 6, condenando o que ele chamou de “supressão” da China liderada por Washington.

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As relações entre as duas maiores potências do mundo se deterioraram acentuadamente nos últimos anos, e qualquer esforço para repará-las foi frustrado no início deste ano, quando um balão espião chinês adentrou o espaço aéreo americano e as Forças Armadas de Washington derrubaram o equipamento. A China alega que o balão servia apenas a propósitos de pesquisa e ciência, tendo se desviado da rota, e que os Estados Unidos reagiram de forma exagerada.

Qin culpou a Casa Branca pelo agravamento das relações, citando especificamente o incidente do balão, bem como tensões sobre Taiwan e a guerra na Ucrânia. Fazendo referência a Washington, ele disse que o conflito na Europa parece ter sido impulsionado por “uma mão invisível, usando a crise da Ucrânia para servir a certas agendas geopolíticas”, pressionando pelo prolongamento e escalada do conflito.

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A China se apresentou como pacificadora na guerra, mas na prática tem apoiado a Rússia. Recentemente, publicou um plano de 12 pontos para a paz que, segundo analistas, foi só mais do mesmo que Pequim já havia proposto.

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