Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

China nega ter confinado minoria em campos de reeducação

De fé muçulmana, grupo étnico uigur tem protestado contra restrições à liberdade em Xinjang e sofrido repressão do governo de Pequim

Por Da redação
Atualizado em 13 ago 2018, 18h08 - Publicado em 13 ago 2018, 15h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A China desmentiu nas Nações Unidas, nesta segunda-feira (13), manter campos de reeducação para até um milhão de pessoas da minoria étnica uigur, em processo semelhante ao do governo de Mao Tse-tung, que confinava opositores da Revolução Cultural. Os uigures professam a religião muçulmana e habitam a província de Xinjang, no noroeste do país.

    “A afirmação que um milhão de uigures estão detidos em campos de reeducação é completamente falsa”, disse Hu Lianhe, diretor da Frente Unida do Trabalho, um órgão do Comitê Central do Partido Comunista da China.

    O funcionário fez parte de uma delegação de cinquenta representantes de ministérios e outras entidades públicas da China que compareceram à sessão do Comitê da ONU contra a Discriminação Racial dedicada a investigar a situação nesse país.

    O especialista do Comitê da ONU Gay McDougall disse ter recebido várias “informações críveis” sobre a decisão do governo de transformar Xinjang em um “enorme campo de internamento”. A expressão é equivalente a campo de concentração.

    Os campos de reeducação estão localizados em Xinjang, região de acesso restrito para as organizações de direitos humanos e para imprensa independente, onde houve protestos contra restrições às liberdades e atentados. O governo central atribuiu os ataques a grupos terroristas.

    Continua após a publicidade

    No início deste ano, a Radio Free Asia (RFA), grupo de comunicação apoiado pelos Estados Unidos, produziu reportagens detalhadas sobre o confinamento de 120.000 uigures em campos de reeducação política. A organização Human Rights Watch também denuncia a presença desses campos, que parecem reviver os métodos adotados pelo governo chinês a partir de 1966.

    Revolução cultural
    Guarda Vermelha durante a revolução cultural na China – 1966 (Universal History Archive/UIG/Getty Images)

    Após uma pausa na sessão, também negou que os uigures sejam vítimas de desaparecimento ou de restrições para professar sua religião. Um representante da Procuradoria Suprema do Povo da China rejeitou igualmente as acusações relacionadas com supostas execuções forçadas, detenções arbitrárias e outras violações dos direitos da minoria uighur.

    Continua após a publicidade

    “A China aderiu ao princípio de igualdade e desenvolvimento de todos os grupos étnicos em igualdade de condições”, assegurou o procurador Zhou Huiyun.

    Como um dos chefes da delegação chinesa que compareceu a Genebra, onde está reunido o Comitê da ONU, o diretor-geral do Departamento de Tratados do Ministério das Relações Exteriores, Xu Hong, sustentou que a aplicação da Convenção contra a Discriminação Racial e os avanços na proteção das minorias étnicas “são tangíveis e visíveis” em seu país.

    “Certamente, estamos totalmente conscientes de que, como qualquer país multiétnico e com uma grande população, há espaço para melhorias. Portanto esperamos sugestões construtivas do Comitê neste sentido”, acrescentou.

    Continua após a publicidade

    De outros ministérios, os funcionários enviados por Pequim asseguraram não só que não há discriminação para o acesso à saúde, à educação e ao emprego das minorias, mas estas têm vantagens.

    (Com EFE)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.