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China decreta mais um lockdown e número de confinados chega a 20 milhões

Governo chinês voltou a adotar grandes lockdowns devido à aproximação dos Jogos de Inverno, em fevereiro, e à propagação da variante Ômicron

Por Matheus Deccache Atualizado em 11 jan 2022, 11h36 - Publicado em 11 jan 2022, 11h36
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  • O governo da China decretou que a terceira cidade do país entre em lockdown total devido ao aumento do número de casos de Covid-19, elevando para 20 milhões o número de pessoas confinadas. 

    O bloqueio de Anyang, com cerca de 5,5 milhões de moradores, foi anunciado na última segunda-feira (11) depois que dois casos da variante Ômicron foram detectados na região. Desse modo, os habitantes estão proibidos de sair às ruas e todas as lojas foram fechadas, exceto as de serviços essenciais. 

    Os 5,5 milhões de confinados de Anyang se juntam a outros 13 milhões em Xian e 1,1 milhão em Yuzhou, restritos há três e uma semana, respectivamente.

    Anunciado como uma medida para facilitar a testagem em massa da população – procedimento padrão do combate à pandemia do governo chinês –, não está claro quanto tempo as restrições seguirão em vigor. 

    Os novos lockdowns são os mais amplos desde o fechamento de Wuhan, no início de 2020. Desde então, a abordagem das autoridades chinesas consistia em isolar áreas menores afetadas por eventuais surtos da doença. 

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    O retorno da antiga estratégia, no entanto, é uma tentativa de impedir que esses surtos se espalhem para outras áreas da China, principalmente com a aproximação dos Jogos de Inverno em Pequim, que começam em 4 de fevereiro.

    Um dos funcionários responsável pelo controle de doenças da competição, disse que os organizadores estão contando com a cooperação de atletas e das autoridades para impedir um novo pico de casos. 

    “Se a transmissão em massa acontecer, com certeza afetará o andamento dos Jogos. Deixaremos nossas opções em aberto”, disse. 

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    Em Hong Kong, a Chefe do Executivo, Carrie Lam, anunciou o fechamento de escolas e jardins de infância até a próxima sexta-feira após relatos de alto número de infecções entre crianças. Há a possibilidade da medida se estender até o feriado do Ano Novo Lunar, que acontece na primeira semana de fevereiro. 

    O governo da ilha reforçou as restrições para conter o coronavírus nos últimos dias depois que autoridades de saúde confirmaram a transmissão comunitária da Ômicron. Acredita-se ainda que o mesmo esteja acontecendo na China, uma vez que os casos da nova variante em Anyang podem estar relacionados a outros dois encontrados em Tianjin. 

    Apesar do grande bloqueio, a cidade registrou apenas 58 novos casos nas últimas 24 horas. Já em Tianjin, autoridades bloquearam apenas as áreas afetadas enquanto realizam testes em massa na população. Até esta terça-feira, 97 diagnósticos positivos foram totalizados na cidade com mais de 14 milhões de habitantes.

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    Já as outras cidades isoladas, Xian e Yuzhou, estão lutando contra a variante Delta e não relataram casos da Ômicron. Mais de duas mil pessoas foram infectadas em Xian naquele que é o maior surto de Covid-19 desde Wuhan.

    O governo chinês afirmou que o lockdown foi fundamental para reduzir a disseminação, embora tenha interrompido o fornecimento de tratamento médico de emergência para alguns cidadãos. Nas últimas 24 horas, apenas 13 casos foram registrados, valor bem abaixo do visto no pico do surto, que chegou a mais de 100 infecções diárias. 

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