O governo da China anunciou nesta terça-feira, 24, a retirada de nove condados da província de Guizhou de uma lista de regiões pobres do país, alcançando a meta política do presidente Xi Jinping de erradicar a extrema pobreza até o fim deste ano. No total, segundo o governo, mais de 93 milhões de pessoas saíram da pobreza desde 2013.
Em um tuíte, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lijian Zhao, disse que os condados eram os últimos na lista e exaltou a “conquista extraordinária”.
The last 9 poverty-stricken counties in Guizhou Province have been removed from the poverty list, the provincial government announced on Monday. They were also the last remaining poverty-stricken counties in China. Such are hard-won extraordinary achievements! Congratulations! pic.twitter.com/W17VI5OjY8
— Lijian Zhao 赵立坚 (@zlj517) November 24, 2020
A lista foi elaborada em 2014 e pretendia retirar da pobreza 832 cidades por todo o país, o que totaliza 93 milhões de pessoas. Para a situação de uma pessoa ser considerada de extrema pobreza na China, ela precisa receber menos que 4.000 yuans por ano, cerca de 1,52 dólares por dia e possuir pouco ou nenhum acesso ao sistema de saúde e educação.
Em outubro, Xi já havia afirmado que o país caminhava para alcançar o objetivo. No total, o país gastou cerca de 77 bilhões de dólares entre 2016 e 2020 para alcançá-lo. Além de fundos distribuídos às províncias, o governo chinês também encoraja funcionários públicos e membros do Partido Comunista a se “voluntariarem” para combater a pobreza em vilarejos.
A média usada pelo governo da China é menor que a do Banco Mundial, que delimita a faixa de extrema pobreza como abaixo dos 1,90 dólares por dia.
Na província de Guizhou, a renda média per capita aumentou para 11.487 yuans – cerca de 1.800 dólares. No começo de novembro, Xinjiang, Guangxi, Ningxia, Sichuan e Gansu também retiraram seus condados da lista.