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China acusa ex-presidente da Interpol de aceitar suborno

Chinês foi preso em Pequim e obrigado a renunciar ao cargo; família de Meng Hongwei havia denunciado seu desaparecimento

Por Da Redação
Atualizado em 8 out 2018, 15h28 - Publicado em 8 out 2018, 15h10

A China acusou nesta segunda-feira 8 o ex-presidente da Interpol, o chinês Meng Hongwei, de ter aceitado subornos e violado outras leis do país, sem especificar quais. Ele foi preso em Pequim depois que viajou ao país em 25 de setembro e, durante dias, não se conhecia seu paradeiro.

“Meng aceitou suborno e é suspeito de ter violado a lei”, afirma um comunicado do Ministério da Segurança Pública, sem revelar detalhes sobre as acusações ou sobre as condições e local de sua provável detenção.

O chinês foi considerado desaparecido por sua família depois que viajou da França para Pequim, em 25 de setembro. O governo da França chegou a abrir uma investigação sobre o que teria acontecido com ele. O caso foi resolvido na semana passada, quando o governo chinês se pronunciou sobre sua prisão.

No domingo (7), a Interpol afirmou que Meng, da China, pediu demissão e seria temporariamente substituído pelo vice-presidente da instituição, o sul-coreano Kim Jong-Yang, até uma nova eleição interna no órgão em novembro.

“Meng comunicou à Interpol sua renúncia em uma carta, e o governo chinês também notificou devidamente a agência a respeito”, afirmou Lu Kang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

O funcionário acrescentou que a China continuará apoiando a organização e colaborando com a comunidade internacional na luta contra o crime organizado.

O governo chinês também comunicou que vai criar um grupo de trabalho para perseguir os cúmplices que ajudaram Meng a cometer crimes “que não ficarão impunes”, em um caso sobre o qual a comunidade internacional poderá tirar “suas próprias conclusões”.

Meng, 64 anos, é o caso mais recente de autoridade do governo chinês derrubada pela campanha contra a corrupção iniciada pelo presidente Xi Jinping desde que chegou ao poder no fim 2012.

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A campanha, popular na opinião pública, atingiu mais de 1,5 milhão de dirigentes e muitos suspeitam que é utilizada para eliminar opositores internos na mira de Xi.

Em 2016, Meng tornou-se o primeiro cidadão chinês a servir como presidente da Interpol, após uma campanha da China entre os 192 países-membros da organização policial. Ele simultaneamente era vice-ministro do Ministério de Segurança Pública da China.

O presidente da Interpol estava amplamente envolvido na supervisão da agência, presidindo as reuniões da Assembleia-Geral e do comitê executivo. Porém, a nomeação de Meng provocou protestos de grupos de direitos humanos preocupados que ele tentasse usar a Interpol para caçar os críticos do governo chinês.

A demissão brutal do comandante da Interpol pode complicar os esforços do país para ter uma representação maior nos organismos internacionais.

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(Com EFE e AFP)

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