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Chile: 348 presos e 36 feridos no primeiro dia de greve

Após o primeiro dia da tentativa de greve geral de 48 horas no Chile, que deixou um saldo 348 detidos e 36 feridos, mais alguns distúrbios foram registrados no período da noite em bairros de Santiago como a “Estação Central”, onde inclusive foram ouvidos disparos num choque entre manifestantes encapuzados e a polícia. Durante o […]

Por Por Roser Toll
24 ago 2011, 22h54
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  • Após o primeiro dia da tentativa de greve geral de 48 horas no Chile, que deixou um saldo 348 detidos e 36 feridos, mais alguns distúrbios foram registrados no período da noite em bairros de Santiago como a “Estação Central”, onde inclusive foram ouvidos disparos num choque entre manifestantes encapuzados e a polícia.

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    Durante o dia, na Avenida Alameda, estudantes da Universidade do Chile confrontaram-se com a polícia, enquanto que em ao menos três pontos da capital foram registrados barricadas e pneus incendiados, conforme reportou à AFP uma fonte da polícia, que qualificou os distúrbios como “isolados”.

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    O país ficou parcialmente paralisado nesta quarta-feira, no primeiro dia de greve nacional de 48 horas convocada pela maior central sindical do país, a Central Unificada dos Trabalhadores (CUT).

    A greve obteve a adesão de sindicatos, estudantes, professores, partidos políticos de esquerda e até mesmo de algumas empresas privadas.

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    O país vive há mais de três meses uma greve de estudantes e professores do ensino médio e universitário, que pedem educação pública gratuita e de qualidade, e agora a greve estendeu-se para outros setores.

    As reivindicações vão desde a redução dos preços dos combustíveis até uma reforma na Constituição, passando por uma mudança no Código de Trabalho. Além disso, especula-se sobre a possibilidade de a greve se transformar em um levante generalizado para derrubar o governo do direitista Sebastián Piñera.

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    “Tivemos 348 detidos em todo o Chile, fruto das desordens que (as greves) produziram”, disse à imprensa o ministro porta-voz do governo, Andrés Chadwick, em um balanço do dia de greve.

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    Chadwick completou que os confrontos entre manifestantes e policiais deixaram um total de 36 feridos – 19 policiais e 17 civis – “todos eles com ferimentos leves”.

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    Mesmo assim, o porta-voz do governo afirmou que a greve foi injustificada.

    “Acreditamos que a greve nasceu sem justificativa, terminou também sem justificativa no sentido de que seu objetivo era paralisar o país. Nós estamos contentes como governo de que eles não tenham conseguido, porque isso geraria um dano importante no Chile”, completou o funcionário.

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    Em Santiago, ocorreram os maiores distúrbios do dia, onde manifestantes levaram barricadas a bairros da capital chilena e à emblemática avenida Alameda, onde foram dispersados pela polícia que utilizou jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo, constatou a AFP.

    A quinta-feira será o segundo dia dessa greve de 48 horas durante a qual ocorrerá um protesto nas ruas centrais de Santiago, que foi autorizado pelo governo.

    A malha ferroviária metropolitana, que transporta diariamente mais de dois milhões de passageiros, registrou um movimento 27% menor durante as primeiras horas do dia.

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    “As paralisações que estão atrapalhando o trânsito são pontuais”, disse o ministro dos Transportes, Pedro Pablo Errázuriz, ao fazer um balanço prévio da situação.

    “O governo está empenhado em aparentar normalidade, quando todo o país sabe que não há normalidade hoje”, afirmou Arturo Martínez, presidente da CUT, o maior sindicato do país, que reúne 10% da força de trabalho nacional.

    Segundo o presidente Piñera, a intenção da greve foi única e exclusivamente causar danos ao Chile.

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    “Vimos hoje o uso equivocado de um instrumento legítimo de protesto, que poderia ter sido substituído por diálogo e acordos”, disse. “Quando se tenta paralisar um país inteiro, todos saem perdendo”, completou.

    De acordo com informações do governo chileno, a adesão à greve foi baixa e o apenas 5,5% dos funcionários públicos do país aderiram a ela. Contudo, a Associação Nacional de Funcionários Públicos (Anef, na sigla em espanhol) calculou uma adesão de 80% da classe.

    Segundo o subsecretário do interior chileno, Rodrigo Ubilla, a maioria dos chilenos tentou exercer suas tarefas diárias de maneira normal nesta quarta-feira.

    O aeroporto de Santiago e os principais cruzamentos do país funcionavam com normalidade, enquanto que nos centros públicos de saúde foram instaurados alguns turnos para assegurar atendimentos de emergência.

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