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Chefes de Estado da América Latina e Caribe pedem cessar-fogo em Gaza

Em declaração conjunta, líderes repudiam 'assassinato de civis israelenses e palestinos' e exigem libertação de reféns

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 mar 2024, 19h14

Chefes de Estado de 24 países da América Latina e do Caribe divulgaram, na noite deste sábado, 2, um documento conjunto solicitando cessar-fogo na Faixa de Gaza, alvo de ataques de Israel desde 7 de outubro do ano passado, data em que o grupo terrorista Hamas fez uma ofensiva e matou 1,2 mil israelenses.

No documento, os líderes repudiaram “o assassinato de civis israelenses e palestinos”, relembraram os mais de 30.000 cidadãos do território palestino que foram mortos e abordaram a gravidade da crise humanitária na região, que enfrenta escassez de insumos e alimentos, situação que foi amplificada na última quinta-feira, 29, quando mais de 100 palestinos foram mortos em um tumulto em um comboio com ajuda humanitária — alguns alvejados por soldados de Israel.

“Manifestamos profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestina”, diz a carta, assinada por representantes de Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, Dominica, República Dominicana, Granada, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago e República Bolivariana da Venezuela, que estão reunidos na VIII Cúpula da Comunidade da América Latina e Estados do Caribe (Celac).

“Endossamos fortemente a exigência da Assembleia Geral das Nações Unidas de um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e de que todas as partes no conflito cumpram o direito internacional, nomeadamente no que diz respeito à proteção de civis.”

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Eles solicitam ainda a imediata libertação dos reféns, garantia de acesso humanitário às regiões afetadas e o estabelecimento do Estado da Palestina, com fronteiras reconhecidas e a possibilidade de coexistência pacífica com Israel.

“Decidimos convocar, sob a presidência ‘pro tempore‘ da República de Honduras, um mecanismo apropriado para monitorar ativamente o impacto dessa incursão na recuperação, no desenvolvimento e na segurança da Palestina, e na busca de uma paz justa e duradoura entre os povos israelense e palestino.”

Genocídio em Gaza

Segundo a carta, os líderes tomaram nota dos casos que têm ocorrido no conflito perante a Corte Internacional de Justiça. O objetivo é “determinar se a ocupação continuada do Estado da Palestina pelo Estado de Israel constitui uma violação do direito internacional e se o ataque de Israel a Gaza constituiria genocídio”.

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Desde o começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dividido opiniões por fazer críticas à guerra e por classificar o revide de Israel como genocídio.

Embora tenha recebido apoio de defensores que querem o cessar-fogo e a criação do Estado Palestino, foi alvo de adversários políticos e de grupos que condenaram a comparação das ações do exército israelense ao Holocausto contra os judeus durante o regime nazista de Adolf Hitler. No auge da polêmica, Lula chegou a ser chamado de “persona non grata” por Israel.

Nas redes sociais, vice-presidente Geraldo Alckmin se manifestou contra o conflito nesta sexta-feira, 1º, por causa das mortes na entrega de ajuda humanitária e endossou o pedido para que haja paz no território.

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“Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento”, disse Alckmin. “É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária.”

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