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Chefe da polícia de Tel Aviv renuncia em protesto à repressão do governo

Ami Eshed acusa o Estado de usar força excessiva contra manifestantes; coalizão de extrema direita no poder diz que policial 'cedeu a políticos de esquerda'

Por Da Redação
6 jul 2023, 09h11
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  • O comandante da polícia de Tel Aviv, Ami Eshed, anunciou sua renúncia na noite de quarta-feira 5, acusando o governo de extrema direita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de instrumentalizar a polícia contra seus opositores. Segundo o agente de segurança, o Estado fez uso excessivo da força em protestos contra o governo.

    No início do ano, protestos contra uma controversa reforma do sistema judiciário, proposta pela coalizão no poder e que muitos especialistas avaliaram ameaçar a democracia de Israel, tomaram todo o país. Na época, o ministro da Segurança Nacional , Itamar Ben-Gvir, exigiu uma ação dura contra manifestantes que bloqueavam estradas e rodovias, mas Eshed não o mencionou nominalmente.

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    Logo após a renúncia de Eshed, centenas de manifestantes carregando bandeiras israelenses e gritando “democracia” marcharam por Tel Aviv. Alguns bloquearam uma rodovia principal, fizeram fogueiras e entraram em confronto com a polícia.

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    Em uma declaração televisionada, Eshed disse que se recusou a corresponder às expectativas do que chamou de “o escalão ministerial”. Segundo ele, esse grupo de políticos quebrou as regras ao interferir descaradamente na tomada de decisões profissionais da polícia.

    “Eu poderia facilmente atender a essas expectativas usando uma força irracional, que encheria o pronto-socorro do Ichilov [hospital de Tel Aviv] ao final de cada protesto”, declarou Eshed.

    “Pela primeira vez em três décadas de serviço, encontrei uma realidade absurda em que garantir a calma e a ordem não era o que se exigia de mim, mas exatamente o contrário”, acrescentou.

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    Ben-Gvir, que em março comunicou que Eshed receberia uma nova função para diminuir seu destaque como comandante, disse em comunicado que Eshed cruzou um limite perigoso.

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    “A política se infiltrou nos escalões mais altos de Israel e um oficial uniformizado cedeu aos políticos de alto escalão da esquerda”, acusou.

    Ben-Gvir, um ultranacionalista de direita que já foi condenado por apoio ao terrorismo, pesou a mão sobre a força policial quando foi escolhido como ministro da Segurança Nacional, gerando preocupações sobre a independência da organização.

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    Outros membros da coalizão nacionalista-religiosa de Netanyahu concordaram com Ben-Gvir, dizendo que a polícia antes dava tratamento favorável a manifestantes pró-democracia, enquanto supostamente teriam uma abordagem mais dura contra colonos judeus e manifestantes ultraortodoxos.

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