Chefe da Igreja Ortodoxa Russa pede cessar-fogo temporário na Ucrânia
O patriarca Cirilo I de Moscou, aliado do presidente Vladimir Putin, foi condenado pela comunidade internacional por seu apoio à invasão russa da Ucrânia
O patriarca Cirilo I de Moscou pediu nesta quinta-feira, 5, um cessar-fogo temporário na Ucrânia, informou a agência de notícias estatal russa Tass.
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“Eu, Cirilo, Patriarca de Moscou e de toda a Rússia, apelo a todas as partes envolvidas no conflito destrutivo com um apelo para um cessar-fogo e estabelecer uma trégua de Natal do meio-dia de 6 de janeiro à meia-noite de 7 de janeiro, para que os ortodoxos possam comparecer aos cultos em Véspera de Natal e o dia da Natividade de Cristo”, disse ele em uma declaração publicada no site da igreja.
O Natal ortodoxo é em 7 de janeiro, porque a Igreja Ortodoxa Russa ainda segue o calendário juliano e todos os feriados ortodoxos são 13 dias após os ocidentais.
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O patriarca de Moscou enfrentou duras críticas da comunidade internacional por seu apoio à invasão russa da Ucrânia. Ele é um firme defensor do presidente russo, Vladimir Putin, e deu sua bênção às forças russas que lutam na guerra. Durante o conflito, fez sermões anti-Ocidente e anti-Kiev.
A Igreja Ortodoxa Russa perdeu influência considerável na Ucrânia desde a anexação da Crimeia por Moscou e os combates no leste da Ucrânia em 2014. Alguns ucranianos, em uma tentativa de cortar laços com Moscou, optaram por celebrar o Natal durante a guerra de acordo com o calendário gregoriano, em vez do juliano.
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Em 2019, parte da Igreja Ortodoxa Ucraniana rompeu relações com Moscou – que tem domínio espiritual em grande parte da Ucrânia há séculos – em um cisma histórico. Três anos depois, a decisão do Kremlin de invadir a Ucrânia levou muitos clérigos leais a se afastarem de da Igreja Ortodoxa Russa.
Em maio, o ramo da Igreja Ortodoxa da Ucrânia apoiado por Moscou cortou relações com a Rússia, alegando que o patriarca Cirilo não condenou os combates. O líder da igreja russa foi sancionado pelo Reino Unido e Canadá por seu apoio aberto à invasão de Putin.