O presidente venezuelano, Hugo Chávez, negou em comunicado qualquer vínculo com a organização terrorista ETA e diz que não se pode dar crédito a declarações de “dois criminosos sanguinários” do grupo.
Em conversa telefônica com um programa da emissora estatal “Venezolana de Televisión” (“VTV”), Chávez indicou que tinha pedido ao chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, publicar uma nota para rejeitar a informação sobre suposto treinamento na Venezuela de dois supostos membros da ETA.
Segundo o auto de um processo na Justiça espanhola ditado nesta segunda-feira, um membro da ETA deportado em 1989 à Venezuela, Arturo Cubillas, ministrou cursos de formação em 2008 a outros supostos membros do grupo – Javier Atristain Gorosabel e Juan Carlos Besance Zugasti -, detidos na quarta-feira passada na Espanha.
O Governo venezuelano “refuta e desmente, reiterando o conteúdo do comunicado emitido em 8 de março de 2010 junto ao Governo da Espanha, qualquer afirmação que pretenda vinculá-lo à organização terrorista ETA, cujas atividades rejeita sem paliativos”, manifestou Chávez, antecipando o conteúdo do comunicado.
“O Governo venezuelano estima, como já o tornou de conhecimento público por intermédio de seu embaixador em Madri, que não se pode dar credibilidade às declarações feitas perante um juiz por dois criminosos sanguinários desprovidos de qualidade humana e moral”, diz a nota lida pelo presidente.
(com Agência EFE)