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Cerimônia reconhecerá 1º espanhol morto pela ditadura brasileira

Rio de Janeiro, 10 dez (EFE).- Os filhos de Miguel Sabat Nuet receberão na próxima segunda-feira as cinzas de seu pai em cerimônia na qual o catalão será reconhecido como o primeiro e até agora único espanhol torturado e morto pela ditadura brasileira (1964-1985), informaram neste sábado fontes oficiais. Miguel morreu em 30 de outubro […]

Por Da Redação
10 dez 2011, 20h34
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  • Rio de Janeiro, 10 dez (EFE).- Os filhos de Miguel Sabat Nuet receberão na próxima segunda-feira as cinzas de seu pai em cerimônia na qual o catalão será reconhecido como o primeiro e até agora único espanhol torturado e morto pela ditadura brasileira (1964-1985), informaram neste sábado fontes oficiais.

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    Miguel morreu em 30 de outubro de 1973 em uma cela da Polícia, que na época alegou que ele tinha se suicidado, mas um processo administrativo concluiu que o espanhol foi ‘vítima de sequestro, tortura e homicídio’ por parte de autoridades públicas.

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    A ossada do espanhol, identificada em 2008, foi cremada esta semana por pedido de seus filhos, que vivem na Venezuela, e as cinzas serão entregues na cerimônia da segunda-feira, segundo agentes do Ministério Público Federal (MPF) citados pela ‘Agência Brasil’.

    A entrega das cinzas será realizada na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em cerimônia organizada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, acrescentam os funcionários do MPF.

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    O espanhol foi reconhecido como uma das vítimas da ditadura após um processo administrativo aberto em 2008 pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria de Direitos Humanos, informou o MPF em comunicado divulgado na sexta-feira.

    Miguel, morto três semanas após ter sido detido em São Paulo por agentes da Direção de Ordem e Política Social (DOPS), foi reconhecido dessa forma como o único cidadão espanhol morto sob tortura pela ditadura.

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    Miguel tinha emigrado para a Venezuela e vivia em Caracas com uma colombiana, com a qual teve três filhos.

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    Seus familiares asseguram que o espanhol trabalhava em uma empresa que vendia automóveis, que foi detido por equívoco em São Paulo, cidade na qual tinha feito uma escala em uma viagem entre Buenos Aires e Caracas, e que não tinha nenhum vínculo com militantes políticos.

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    Segundo os registros de então da Polícia, ele foi detido quando ‘tentava fugir’.

    A versão oficial, reproduzida na imprensa, assinalou que o espanhol se enforcou na cela com seu próprio cinto, e que o corpo foi sepultado no dia 1º de dezembro de 1973 em um cemitério nos arredores da cidade.

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    Segundo o MPF, os documentos disponíveis no Arquivo Público permitiram concluir que o espanhol foi detido ilegalmente pelos ‘aparatos oficiais’ e que os mesmos reconheceram que ‘não tinha nada de subversivo’. EFE

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