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Cerca de 1 milhão de muçulmanos israelenses não poderão peregrinar a Meca

Árabes israelenses usavam passaportes jordanianos temporários para viajar à Arábia Saudita, mas o reino suspendeu entrada com esse documento

Por Da Redação
8 nov 2018, 14h55
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  • Cerca de um milhão de árabes com nacionalidade israelense não poderão peregrinar em Meca, um dos Cinco Pilares do Islã, após uma mudança na política de passaportes na Arábia Saudita, informou nesta quinta-feira (8) a imprensa de Israel.

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    Salim Shalata, presidente do Comitê em Israel de Haje e Umrah, os nomes dados às peregrinações a Meca, disse que os membros do comitê foram proibidos recentemente de entrar na Arábia Saudita, para onde viajavam para coordenar a peregrinação de centenas de árabes israelenses muçulmanos.

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    Apesar de ter ocorrido uma aproximação entre Israel e Arábia Saudita, nos últimos tempos, os dois países não mantêm relações diplomáticas. A rigor, os cidadãos israelenses estão proibidos de ingressar nesse país árabe. No entanto, em 1978, o rei Hussein, da Jordânia, adotou uma medida para beneficiar os árabes israelenses.

    Os árabes israelenses (palestinos que ficaram dentro das fronteiras de Israel após sua criação, em 1948) foram autorizados por Amã a ingressar na Jordânia, receber um passaporte jordaniano temporário e viajar para a Arábia Saudita para sua peregrinação. Os muçulmanos devem fazer a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.

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    “Riad informou a Jordânia que foi decidido não aceitar os passaportes jordanianos temporários dos árabes israelenses”, disse Shalata, ao explicar que esse país tomou “de repente” esta decisão sobre o sistema de viagem, “que funcionou durante 40 anos”.

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    “Não temos nenhuma explicação para esta decisão repentina. Temos milhares de palestinos que já tinham se registrado para ir à Arábia Saudita neste ano”, lamentou Shalata, afirmando que falou com “todas as autoridades na Jordânia e na Arábia Saudita para resolver a questão”.

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    A decisão saudita também afeta peregrinos dos territórios palestinos – Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia – que têm passaporte temporário jordaniano. Mas não atinge os que têm passaporte emitido pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).

    Especialistas ouvidos pelo jornal israelense Haaretz  acreditam que a medida esteja relacionada com a possibilidade de a Arábia Saudita permitir, no futuro, as viagens para os muçulmanos com passaporte israelense, como  forma de aproximação entre os países. Mas não há informações oficiais a respeito.

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    Haje é o nome dado à peregrinação realizada à cidade santa de Meca pelos muçulmanos. É considerada como o último dos “Cinco Pilares do Islamismo” e é obrigatória, pelo menos uma vez na vida, para todo o muçulmano adulto, desde que disponha dos meios econômicos e tenha de saúde para enfrentar a viagem.

    Já a Umrah é a peregrinação a Meca que pode ser realizada em qualquer período do ano pelos muçulmanos e não é obrigatória.

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    (Com EFE)

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