Mais de 100.000 pessoas participaram nesta terça-feira 17 de uma procissão em memória do último czar da Rússia, Nicolau II, e sua família em Ecaterimburgo, cidade nos Urais onde os membros da realeza foram assassinados pelos bolcheviques 100 anos atrás, informaram as autoridades locais.
Liderada pelo patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Kirill, e pelo governador regional Yevgueni Kuivashev, a procissão saiu da Catedral do Sangue Derramado, construída no local de um casarão, em cujo porão a família imperial foi morta.
A procissão percorreu 21 quilômetros, até a cidade de Ganina Yama, onde os corpos de Nicolau II e de sua família foram sepultados em um poço.
“Depois desta dura e amarga experiência, devemos criar uma reação firme de rejeição a toda ideia e a todo líder que propuser avançar para um futuro novo, desconhecido e infeliz mediante uma ruptura com o nosso modo de vida, com as nossas tradições e com a nossa fé”, disse Kirill aos fiéis antes do início da procissão.
Segundo uma pesquisa publicada ontem (16), mais da metade dos russos (57%) considera o fuzilamento de Nicolau II, de sua esposa, de seus cinco filhos e de quatro funcionários um “crime monstruoso”.
Quase um terço da população acredita que o imperador merecia ser castigado, mas não dessa forma tão cruel, e apenas 3% acham o fuzilamento de Nicolau II e de sua família “um justo castigo pelos erros do imperador”.
(Com EFE)