A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) e a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) repudiaram a campanha movida pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, para retirar a licença do Grupo Clarín – um dos maiores expoentes da mídia opositora no país.
O governo pede que o grupo se adeque à Lei de Mídia, que, sob o argumento de evitar monopólios, prevê que empresas privadas de comunicação não tenham mais que um canal na TV aberta em uma mesma localidade. O Clarín, que possui quatro emissoras na TV aberta, obteve uma medida cautelar que expira no dia 7 de dezembro, podendo ser renovada por mais um ano, mas teme que Cristina exproprie seus canais antes disso.
Em entrevista ao site de VEJA, Martin Etchevers, assessor de comunicação do Grupo Clarín, disse acreditar que “a expropriação seria um ato ilegal, mas, lamentavelmente, podemos esperar por esse castigo”. “Acreditamos que é uma represália a quem faz uma cobertura jornalística independente na Argentina”, afirmou.
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Panelaço em Nova York – Poucos dias após um panelaço em Buenos Aires, que pedia o fim de seu governo, Cristina deve ser alvo de uma marcha amanhã em Nova York, onde se encontra para participar da 67° Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Os manifestantes devem se encontrar a poucos metros do hotel onde a presidente estará hospedada, como publicou o jornal La Nación.
Segundo a página do movimento no Facebook, o ato é destinado aos argentinos que moram na região, que amam e defendem a liberdade e não querem ver “sua pátria se afundar na ruína populista-chavista que propõe a ditadura” governada por Cristina.
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