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Capriles e Chávez levam milhares às ruas de Caracas

Ao longo da campanha eleitoral, o caudilho venezuelano abusou de artimanhas contra opositor, que conta com o apoio de mais de 20 partidos

Por Da Redação
4 out 2012, 19h27

No último dia de campanha para os candidatos à Presidência da Venezuela, Hugo Chávez e seu opositor Henrique Capriles levaram milhares de pessoas às ruas nesta quinta-feira. Apesar de a maioria das pesquisas apontar o atual presidente como favorito, analistas indicam que este será o pleito mais difícil enfrentado pelo ditador em 14 anos no poder. A eleição será realizada no domingo, a partir das 6 horas no horário local – a votação vai até as 18 horas.

Chávez abusou de seus conhecidos devaneios em seus discursos nos últimos dias. No final de agosto, uma pesquisa colocou o nome de Capriles pela primeira vez à frente do atual presidente.

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Mais do que discursos, Chávez usou de outras artimanhas para dificultar a campanha do adversário, como lançar mão do expediente antidemocrático de usar a cadeia nacional para interromper transmissões de atos políticos de Capriles pelas emissoras. E chegou até mesmo a acusar a oposição de fazer bruxaria contra sua campanha eleitoral.

Capriles, um advogado bem relacionado entre o que restou do setor empresarial do país, ganhou facilmente as primárias de seu partido em fevereiro e conseguiu a proeza de unir as frentes contrárias a Chávez de forma nunca antes vista no país – são mais de 20 partidos apoiando o candidato único da oposição.

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Nesta quinta, ele denunciou que Chávez obrigou funcionários públicos a comparecerem a seu comício em Caracas. “A partir do próximo domingo, ninguém aqui vai precisar colocar a camisa vermelha (cor do chavismo) para poder exercer seus direitos. Esse tempo do lenço vermelho ou da obrigação de comparecer à atividade política será parte da história”, disse.

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Em outro comício realizado nesta semana, Capriles pediu ao tiranete que se ‘despedisse em paz’ do cargo, respondendo a boatos de que Chávez promoveria um golpe para permanecer na presidência, em caso de derrota. “Desejo-lhe longa vida porque quero que veja uma geração mudar a Venezuela”.

“Cada um de vocês deve fazer uma lista dos problemas que enfrenta e se perguntar, quantos desses problemas essa revolução famosa resolveu para você?”, disse Capriles em um comício recente referindo-se à autoproclamada revolução bolivariana, chefiada por Chávez.

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Na capital Caracas, o caudilho encerrou sua campanha debaixo de chuva. “Chávez não falhará com vocês, eu sem dúvida cometi erros, mas quem não comete erros? Por acaso Chávez falhou com vocês no 4 de fevereiro, por acaso Chávez se vendeu à burguesia, por acaso Chávez como presidente se deixou dobrar pelo imperialismo?”, disse. A data é uma menção à sua fracassada tentativa de golpe contra o governo de Carlos Andrés Pérez, em 1992.

Comício boicotado de Henrique Capriles atraiu milhares de pessoas
Comício boicotado de Henrique Capriles atraiu milhares de pessoas (VEJA)

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Panorama venezuelano – As nacionalizações promovidas por Chávez têm enfraquecido a iniciativa privada e dado aos integrantes do partido governista, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), crescente controle sobre os empregos – que estão cada vez mais concentrados em empresas estatais.

A fraca aplicação da lei, além do excesso de armas nas ruas tornaram a Venezuela mais violenta do que alguns países devastados pela guerra, o que vem criando na população um sentimento antipático a Chávez.

Pleito – Na Venezuela, o voto não é obrigatório como no Brasil e há apenas um turno nas eleições. As autoridades venezuelanas preveem que cerca de 14 milhões pessoas devem ir às urnas no domingo.

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(Com Agências France-Presse, Brasil e Reuters)

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