Candidato a vice na chapa de Donald Trump, o senador JD Vance, 40, votou em sua zona eleitoral na manhã desta quinta-feira, 5, em Cincinnati, Ohio.
Vance chegou ao local acompanhado pela mulher, Usha, e dos filhos Ewan, de 7 anos, Vivek, 4, e Mirabel, 2.
O político disse aos repórteres que estava grato àqueles que vieram para ver “uma das grandes tradições da democracia americana”.
“Quando votei neste mesmo local, anos atrás, tive um desfecho feliz com minha eleição ao Senado. Espero que o desfecho hoje seja tão bom para o presidente Trump e para mim quanto àquele do passado”.
O republicano afirmou ainda que falou ao telefone com Trump durante a madrugada, após o comício final realizado em Grand Rapids, Michigan.
De Ohio, Vance seguiu para West Palm Beach, na Flórida, sede do comitê central da campanha republicana e onde será realizada uma festa durante a contagem dos votos.
Ídolo do conservadorismo
Em seu site oficial, JD Vance se define como “conservador outsider, fuzileiro, empresário e autor”.
J.D. e a irmã mais velha foram criados pela mãe, que sofria com o vício em drogas, e pelos avós maternos.
Sua história acabou virando livro e acabou adaptada pela Netflix no filme “Hillbilly Elegy”, que ganhou em português o título “Era uma vez um sonho”.
Alistado no Corpo de Fuzileiros Navais após se formar no ensino médio, serviu na Guerra do Iraque. Formou-se em direito pela Universidade Estadual de Ohio e pela prestigiosa Faculdade de Direito de Yale.
De crítico a aliado de Trump
Antes de se tornar um senador republicano e aliado próximo de Donald Trump, foi bastante crítico em relação ao ex-presidente.
Em 2016, enquanto promovia seu livro e antes de entrar ativamente na política, Vance fez vários comentários negativos sobre Trump e seus apoiadores.
Em uma série de tuítes, Vance chegou a comparar Trump a Hitler em relação ao populismo e à retórica inflamada. Embora a comparação não fosse direta, ele expressou preocupação com o extremismo que via em alguns apoiadores de Trump.
Vance também chamou Trump de “idiota” e sugeriu que ele estava mais interessado em chamar atenção para si mesmo do que em realmente resolver os problemas do país. Ele também questionou o compromisso de Trump com a classe trabalhadora americana, que dizia representar.
Durante as eleições de 2016, Vance apoiou outras opções dentro do Partido Republicano, dizendo que preferia candidatos mais tradicionais, que julgava ter uma postura e ideias mais sólidas e unificadoras para o país.
E chegou a criticar diretamente o apoio a Trump, dizendo que era um “reflexo dos piores elementos” da política americana, baseado em medo e divisão em vez de soluções construtivas para os problemas reais do país.
Apesar dessas críticas iniciais, Vance mudou sua postura ao longo do tempo. Quando decidiu entrar para a política e concorrer ao Senado em Ohio, ele se aproximou de Trump e adotou uma retórica mais alinhada ao ex-presidente.
Em 2022, com o apoio de Trump, Vance venceu a eleição e se tornou senador, se tornando um aliado fiel de Trump, especialmente em questões relacionadas ao Partido Republicano e sua base mais conservadora.