Candidata à Presidência dos EUA, Jill Stein é presa em ato pró-Palestina
Filiada ao Partido Verde, ela participava de manifestação na Washington University e, segundo sua equipe, foi liberada na madrugada deste domingo
Candidata do Partido Verde às eleições presidenciais nos Estados Unidos, Jill Stein foi presa neste sábado, 27, durante manifestação de estudantes na Washington University, em St. Louis. Ela participava de um dos protestos contra a posição do país americano no conflito entre Israel e Hamas. No mesmo dia, foram presas mais de 200 pessoas, o que inclui também os atos que ocorreram em Northeastern University, Arizona State University, Indiana University. De acordo com a equipe de Stein, ela foi solta na madrugada deste domingo, 28.
Em nota publicada em seu perfil, a equipe de Stein afirmou que ela “apoia a pauta dos estudantes e seus protestos e reuniões pacíficas no campus”. O texto afirma ainda que os manifestantes defendiam, em acmpamento montado no local, o rompimento da instituição de ensino com a empresa Boeing, “que fabrica munição utilizada no genocídio em curso contra o povo palestino em Gaza”.
Além da candidata do Partido Verde, também foram presos dois coordenadores de sua campanha, Jason Call e Kelly Merrill-Cayer, junto a cerca de 100 outras pessoas que participavam da manifestação, apenas na Washington University, localizada no estado do Missouri. “O protesto estudantil pela paz e pelas liberdades civis sempre representou a melhor parte da nossa consciência moral coletiva. Solidariedade”, encerra a nota divulgada nas redes sociais de Stein.
Pouco antes de sua prisão, a candidata havia gravado vídeo em que se posiciona a favor dos manifestantes e dos “americanos que querem o fim desse genocídio”, em referência ao conflito entre Israel e Hamas. Outro registro mostra o momento em que os policiais entraram em conflito com os manifestantes.
Novos protestos nos EUA
Ao todo, de acordo com o New York Times, foram mais de 200 pessoas presas nos protestos pró-Palestina em universidades americanas, neste sábado. As manifestações seguem o movimento iniciado no último dia 18, em Columbia, quando a administração local pediu à polícia que limpasse o acampamento instalado ali.
Até aqui, já são mais de 700 manifestantes presos em todos os protestos dessa natureza no país. Os estudantes têm questionado a posição americana de apoio e suporte bélico a Israel. A postura dos Estados Unidos, inclusive, está em xeque, desde que estudos de autoridades locais começaram a colocar em dúvida as garantias de que Israel atua conforme o direito humanitário internacional.