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Bombardeios de Israel na Síria deixam ao menos 11 combatentes mortos

Netanyahu afirmou ter ordenado os ataques como resposta aos lançamentos de foguetes a partir do país vizinho contra o território israelense

Por AFP 3 jun 2019, 02h31
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  • Israel voltou a bombardear a Síria, neste domingo 2, em uma operação que deixou ao menos onze mortos entre as forças leais ao governo de Bashar al-Assad, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), enquanto o Estado hebreu disse que respondia ao lançamento de foguetes procedentes do país vizinho.

    Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel realizou vários ataques contra o Exército sírio, mas também contra as forças do Irã e do Hezbollah libanês, aliados do regime de Bashar al-Assad e dois grandes inimigos do Estado hebreu com presença militar na Síria.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo ter ordenado os bombardeios como resposta aos lançamentos de foguetes a partir da Síria contra o território do Estado hebreu.

    “Não vamos tolerar disparos contra o nosso território”, advertiu Netanyahu em um comunicado, em um momento de tensão crescente no Oriente Médio entre Estados Unidos e Irã.

    Os mísseis israelenses mataram três soldados do exército sírio e sete combatentes aliados estrangeiros, de acordo com o OSDH.

    A imprensa estatal síria confirmou os lançamentos de mísseis israelenses nas proximidades da capital, Damasco, e na província de Quneitra (sul), na área das Colinas de Golã, em sua maioria ocupada e anexada por Israel.

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    O exército israelense anunciou que dois foguetes foram disparados no sábado à noite da Síria com direção ao monte Hermon, nas Colinas de Golã ocupadas.

    As Forças Armadas israelenses afirmaram que responderam com ataques contra “duas baterias de artilharia sírias, vários postos de observação e inteligência nas Colinas de Golã e uma bateria de defesa aérea SA-2”.

    “Durante os ataques foi ativado um sistema israelense de defesa aérea devido aos disparos da defensa antiaérea síria. Nenhum foguete explodiu em Israel”, afirmou o exército em um comunicado.

    Israel não costuma confirmar seus ataques na Síria, embora nos últimos meses tenha reivindicado várias operações.

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    Na noite de domingo, a agência oficial síria, Sana, informou sobre um novo ataque israelense, o segundo em 24 horas, dirigido contra uma base aérea da província de Homs.

    Um soldado morreu e outros dois ficaram feridos nestes ataques contra a base aérea T4, que também causaram danos a um depósito de armas, segundo a Sana.

    De acordo com o OSDH, morreram cinco pessoas, inclusive um soldado sírio.

    Defesa antiaérea síria

    Em Damasco, a defesa antiaérea síria atuou contra “mísseis inimigos”, lançados a partir de Israel contra posições ao sudoeste da capital, afirmou uma fonte militar síria citada pela agência Sana.

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    “Ao amanhecer de domingo, chegaram objetivos aéreos inimigos do Golá ocupado” por Israel, informou a fonte militar. “Nossas defesas aéreas os bloquearam e abateram estes mísseis inimigos, dirigidos contra nossas posições no sudoeste de Damasco”, segundo a mesma fonte.

    O OSDH informou que os ataques tinham como alvos “depósitos e posições” das forças sírias, das forças iranianas e combatentes do Hezbollah, sobretudo em Kesswa, ao sudoeste de Damasco.

    As Colinas de Golã são um território estratégico, principalmente por seus recursos hídricos, e foram conquistadas por Israel em 1967 durante a guerra israelense-árabe. O local foi anexado em 1981. A ONU o considera um “território ocupado” de forma ilegal.

    Os bombardeios anteriores na Síria atribuídos a Israel haviam acontecido em 27 de maio, quando um míssil israelense atingiu a província de Quneitra e matou um soldado sírio.

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    Em janeiro, o país bombardeou posições iranianas na Síria e matou 21 pessoas, segundo o OSDH.

    A guerra na Síria, iniciada em 2011 após a forte repressão a um movimento pacífico pró-democracia, ganhou complexidade ao longo dos anos com a intervenção de potências estrangeiras. O conflito provocou mais de 370.000 mortes e obrigou milhões de pessoas a abandonar suas casas.

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