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Bombardeios de EUA, Reino Unido e França atingiram três alvos na Síria

Secretário de Defesa e chefe do Estado-Maior americano informaram que alvos dos ataques foram unidades de armazenamento e pesquisa de armas químicas

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Solly Boussidan Atualizado em 30 jul 2020, 20h23 - Publicado em 13 abr 2018, 23h39

Os bombardeios ordenados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em conjunto com a França e o Reino Unido na noite desta sexta-feira (13) miraram três alvos na Síria. Segundo informações de autoridades militares dos EUA, os ataques atingiram um centro de pesquisa científica com uma pista de decolagem de aviação localizado em Damasco, capital síria, uma instalação de armazenamento de armas químicas em Homs, onde supostamente estaria a reserva de gás Sarin do regime do ditador Bashar al-Assad, e outra instalação próxima e com a mesma função, que continha também um posto de comando da Guarda Revolucionária da Síria.

As informações sobre o ataque  foram anunciadas pelo Secretário de Defesa americano, Jim Mattis, e pelo chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Joseph Dunford, em pronunciamento após o fim do bombardeios. A ofensiva dos EUA e de seus aliados são uma resposta aos supostos ataques do regime sírio com armas químicas contra a população do país, que deixaram dezenas de mortos e centenas de feridos em Duma, nas proximidades de Damasco, no último sábado (7).

Conforme Jim Mattis, os “Estados Unidos têm grande certeza que os Sírios usaram gás cloro nos ataques do fim de semana em Duma”. O Secretário de Defesa também não excluiu a possibilidade de ter sido empregado gás Sarin simultaneamente.

Segundo Mattis e Dunford, aviões pilotados foram utilizados nas operações. A Síria reagiu inicialmente com mísseis terra-ar para tentar conter os mísseis e uma TV local veiculou a informação de que 13 mísseis Tomahawk foram contidos, informação que não foi confirmada no pronunciamento das autoridades americanas.

Jim Mattis afirmou que não houve, até o momento, relato sobre perdas de unidades americanas e aliadas. O Secretário de Defesa classificou a ofensiva como “uma oportunidade única e uma forte mensagem para dissuadir Assad”.

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Em meio à tensão entre Estados Unidos e Rússia, apoiadora do regime de Assad, o general Joseph Dunford destacou que os ataques tiveram o “máximo cuidado para não atingir tropas ou alvos russos e evitar a morte de civis”. Não houve, por outro lado, de acordo com Mattis e Dunford, qualquer coordenação ou notificação à Rússia sobre os bombardeios, que empregaram aproximadamente o dobro do armamento utilizado nos ataques americanos à Síria em 2017. A plataforma antiaérea utilizada pelos sírios na contenção de bombardeios como o de hoje, por outro lado, foi construída pelos russos no ano passado.

Por meio da agência Sputnik, a Rússia classificou os ataques de hoje como um “ato de agressão”. Já o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse em comunicado que “as piores apreensões se tornaram realidade. Nossos alertas não foram ouvidos. Um cenário premeditado está sendo implementado. Novamente, estamos sendo ameaçados. Advertimos que tais ações não serão deixadas sem consequências”.

Em comunicado divulgado após os bombardeios, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que “não podemos tolerar a banalização do uso de armas químicas”. Macron diz que “não há nenhuma dúvida” sobre “os fatos e a responsabilidade do regime sírio” no ataque químico em Duma. A maior parte das evidências sobre a participação do regime sírio no ataque teria sido reunida pela inteligência francesa.

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Já a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, declarou em pronunciamento que “o ataque não tem a intenção de mudar o regime na Síria, mas de servir de dissuasão para o futuro uso de armas químicas – na Síria, nas ruas do Reino Unido, ou onde quer que seja”.

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