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Bolsonaro recebe embaixador italiano e discute situação de Battisti

Presidente eleito já declarou pretender autorizar a extradição do italiano, condenado por terrorismo e homicídios em seu país natal

Por Da redação
Atualizado em 5 nov 2018, 17h58 - Publicado em 5 nov 2018, 12h28

O embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, visitou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta segunda-feira (5) para tratar do futuro da relação entre os dois países e discutir a situação do ativista italiano Cesare Battisti, condenado no país europeu por terrorismo.

Bernardini deixou o condomínio onde Bolsonaro mora, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, demonstrando satisfação com o encontro.

“O caso Battisti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição do Battisti e o caso agora está sendo discutido no Supremo Tribunal Federal e esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”, disse.

O embaixador não quis antecipar se Bolsonaro fez alguma promessa sobre a questão, mas destacou que o presidente eleito “tem ideias muito claras sobre Battisti”. Bolsonaro já declarou que pretende autorizar a extradição do italiano.

Segundo Antonio Bernardini, o encontro também serviu para reafirmar as boas relações entre os dois países. “Temos uma presença no Brasil que é histórica. É claro que estamos olhando para o futuro, para aumentar a presença italiana no Brasil”, afirmou o embaixador.

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Na reunião, o embaixador também entregou uma carta enviada pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella. O diplomata lembrou que Bolsonaro é de origem italiana e que ambos tiveram uma conversa “muito simpática”.

Antes dele, uma comitiva chinesa – composta pelo embaixador Li Jinzhang, pelo ministro Song Yang, pelo ministro conselheiro Qu Yuhui e pela tradutora Liu Xiyuan – também visitou Bolsonaro. O grupo saiu sem dar declarações.

O caso

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por terrorismo e quatro homicídios na década de 70, dos quais se declara inocente. Passou trinta anos como fugitivo entre o México e a França, e em 2004 fugiu para o Brasil, onde permaneceu escondido por três anos, até ser detido em 2007.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 2010 por sua extradição. Contudo, depois de três dias de sessão, os juízes entenderam que o presidente da República deveria aprovar, ou não, o envio de Battisti para o seu país.

Lula, então, optou pela não extradição. Battisti era membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo ( PAC) e contou com o apoio e a amizade de petistas no Brasil.

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Desde então, o governo italiano vem pedindo a colaboração das autoridades brasileiras para que o terrorista seja enviado de volta ao seu país.

Em comunicado divulgado no último domingo, Battisti reafirmou que confia nas instituições democráticas do Brasil e negou que tenha intenção de fugir de São Paulo, onde vive.

Alguns meios de comunicação da Itália chegaram a informar que Battisti teria fugido do Brasil para evitar sua extradição, prometida por Bolsonaro para quando assumir a Presidência, no dia 1º de janeiro.

“Reafirmo minha confiança nas instituições democráticas brasileiras, que desde que me encontro aqui garantiram o pleno funcionamento do estado de direito. Estado de direito este que no presente momento faltou em minha ex-pátria, a Itália”, ressaltou.

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(Com Estadão Conteúdo)

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