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Bolívia rompe relações com Israel por ‘crimes de guerra’ contra Gaza

Governo boliviano havia retomado os laços com Tel Aviv em 2020, após 11 anos de afastamento

Por Da Redação
31 out 2023, 18h38

A Bolívia rompeu nesta terça-feira, 31, relações diplomáticas com Israel e acusou o país de cometer crimes contra a humanidade pelos constantes bombardeios à Faixa de Gaza desde o início do conflito contra o movimento palestino radical Hamas, em 7 de outubro. Aliado do Irã, principal investidor dos militantes, o governo boliviano havia retomado os vínculos com Tel Aviv em 2020, depois de 11 anos de afastamento.

“A Bolívia decidiu romper relações diplomáticas com o Estado de Israel, considerando os antecedentes. Vamos comunicar oficialmente através dos canais diplomáticos estabelecidos entre os dois países precisamente esta comunicação, em conformidade com os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas”, anunciou o vice-ministro das Relações Exteriores, Freddy Mamani.

Na segunda-feira, o presidente boliviano, Luis Arce, participou de uma reunião com o embaixador palestino, Mahmoud Elalwani, na qual condenou os “crimes de guerra” cometidos por Israel contra os habitantes de Gaza – o Tribunal Penal Internacional (TPI) criminaliza ataques contra edifícios civis e ações que prive a população dos meios de subsistência, como é o caso da restrição da provisão de energia, combustível e água ao enclave palestino.

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“Não podemos ficar calados e continuar permitindo o sofrimento dos palestinos, especialmente dos meninos e meninas que têm o direito de viver em paz”, afirmou Arce. “Apelamos ao Conselho de Segurança da ONU para que evite que ocorra um genocídio do povo palestiniano e para que encontre uma solução definitiva para a Palestina exercer o seu direito à autodeterminação, ao seu território sem ocupações ilegais e para consolidar o seu próprio Estado livre e independente.”

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Com a eclosão do conflito, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bolívia divulgou um comunicado que demonstrava “profunda preocupação com os acontecimentos violentos ocorridos na Faixa de Gaza” e fazia um “apelo urgente à paz, à redução da violência, preservação da vida e dos direitos humanos” na região, um posicionamento considerado brando quando comparado ao comunicado desta terça-feira.

Em contrapartida, o ex-presidente Evo Morales assumiu uma atitude mais combativa e declarou que o país condena “as ações imperialistas e coloniais do Governo Sionista Israelita”, destacando que a “solidariedade entre os povos é a base de uma sociedade mais justa e digna”. Em uma carta destinada a Arce, ele pediu, ainda em 20 de outubro, que rompesse a diplomacia com o governo de Benjamin Netanyahu “diante da horrorosa situação que sofre o povo palestino”.

Não é a primeira vez, contudo, que La Paz rompe os vínculos com Tel Aviv. Em 2009, as relações foram cortadas como forma de protesto aos ataques “terroristas” à Faixa de Gaza, revogando também o acordo de imigração com isenção de visto. Os laços só foram restabelecidos pela ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Anez, em 2020.

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