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Bolhas na pele e dificuldade para respirar: médicos relatam atendimento a vítimas de armas químicas na Síria

Mais de 50 morteiros lançados pelo Estado Islâmico caíram no centro da cidade de Marea na última sexta-feira

Por Da Redação
25 ago 2015, 17h30
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  • A organização Médicos Sem Fronteiras relatou atendimento a quatro vítimas de ataque com armas químicas na semana passada na cidade síria de Marea, em Aleppo, no norte do país. Os quatro civis, membros da mesma família, apresentaram sintomas como olhos vermelhos, erupções na pele, conjuntivite e dificuldades respiratórias, que se seguiram cerca de três horas depois pela formação de bolhas na pele e agravamento dos sintomas respiratórios, segundo a organização.

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    A ONG assegura que a condição dos pacientes e os testemunhos “indicam a exposição das vítimas a um agente químico”, de acordo com o chefe dos programas da MSF na Síria, Pablo Marco. Os ataques são atribuídos ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

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    De acordo com os pacientes tratados em um hospital da MSF na cidade de Aleppo, um morteiro atingiu a casa da família em questão na sexta-feira, dia 21, e, “após a explosão, um gás amarelo invadiu a sua sala de estar”.

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    A Sociedade Síria Americana de Medicina (SAMS) indicou que seus próprios médicos na cidade haviam identificado o agente como gás mostarda. A SAMS, que tem clínicas por toda a Síria, devastada pela guerra, disse que “mais de 50 civis apresentando sintomas de exposição a agentes químicos” foram tratados em um hospital de campo em Marea. “Bolhas apareceram na pele de 30 civis e os médicos identificaram o agente como o gás mostarda”, indicou o comunicado.

    Mamoun al-Khatib, um militante jornalista presente na região, contou que mais de 50 morteiros lançados pelo Estado Islâmico caíram no centro de Marea na sexta-feira. O EI vem tentando há meses tomar a cidade, considerada a mais importante fonte de combatentes e armas na província de Aleppo para os rebeldes que lutam tanto contra o regime de Bashar Assad quanto contra o grupo jihadista sunita.

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    De acordo com Khatib, “um cheiro horrível” foi sentido após o bombardeio. “Os médicos de um hospital improvisado nos disse que houve alguns casos de asfixia, tosse intensa, vermelhidão nos olhos e rosto, e irritações da pele”, explicou o ativista, que é o diretor da Shahba, uma agência de notícias local anti-regime. “Mais de 25 civis foram afetados, dos quais quatro estão em estado grave e foram transferidos para a Turquia”, informou.

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    O gás mostarda é um gás asfixiante que foi usado pela primeira vez pelos alemães na Bélgica em 1917. Ele foi proibido pela ONU em 1993. Em 14 de agosto, o governo dos Estados Unidos havia considerado “plausível” o uso de gás mostarda pelo EI em um ataque contra combatentes curdos no Iraque.

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    De acordo com o The Wall Street Journal, os extremistas teriam adquirido gás mostarda no Iraque ou na Síria, quando o regime de Bashar Assad se desfez de seu arsenal químico sob pressão da comunidade internacional – em 2013, mais de 1000 pessoas morreram na periferia de Damasco após ataques com armas químicas perpetrados pelo regime do ditador sírio.

    (Com AFP)

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