Uma pesquisa do jornal americano The New York Times, em parceria com a Siena College, revelou nesta terça-feira, 1, que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, empataria com o ex-presidente americano Donald Trump na corrida pela Casa Branca de 2024. Embora o índice de aprovação do governo esteja subindo e seu Partido Democrata esteja apoiando amplamente sua candidatura à reeleição, o atual ocupante do Salão Oval ainda corre risco político.
No ano passado, quase dois terços dos democratas queriam um candidato diferente. Mesmo com a aprovação quase total de sua candidatura pelo partido agora, ainda há muitos sinais de alerta para o atual presidente. Biden continua amplamente impopular entre um público votante que é pessimista quanto ao futuro do país, e seu índice de aprovação é de apenas 39%.
Enquanto isso, Trump mantém a liderança entre os prováveis eleitores republicanos nas primárias, briga intrapartido, mesmo enfrentando dois indiciamentos criminais e mais acusações em potencial. De acordo com a pesquisa, Biden e Trump empatariam com 43% cada em uma revanche hipotética em 2024.
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A candidatura de Biden foi encorajada pelos sentimentos de medo e aversão dos eleitores em relação a Trump. Bem mais de um ano antes da eleição, 16% dos entrevistados apresentam opiniões desfavoráveis tanto de Biden quanto de Trump, com vantagem estreita para o atual presidente.
Cerca de 30% dos eleitores que planejam votar em Biden em novembro de 2024 disseram esperar que os democratas indicassem outra pessoa. Apenas 20% dos democratas disseram que ficariam entusiasmados se Biden fosse o candidato presidencial do partido e outros 51% falaram que ficariam satisfeitos, mas não entusiasmados.
Em contraponto, 26% dos entrevistados expressou entusiasmo pela ideia da vice-presidente Kamala Harris ser a indicada para as eleições de 2024.
Biden tem o apoio de 64% dos democratas que planejavam participar das primárias de seu partido, um indicador de apoio fraco para um presidente em exercício. Outros 13% preferiram Robert F. Kennedy Jr. e 10% escolheram a escritora-guru Marianne Williamson, que também apresentaram candidaturas.
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A falta de fervor em relação a Biden ajuda a explicar a performance relativamente fraca entre pequenos doadores em um relatório trimestral de arrecadação de fundos que sua campanha divulgou há duas semanas. Analistas acreditam que muitos eleitores veem o atual presidente como “o menor dos males”.
Outra pesquisa também indicou que Trump tem mais da metade do eleitorado republicano a seu favor nas primárias do partido. Ele tem 54% de apoio, bem à frente de seu adversário mais próximo, o governador da Flórida, Ron DeSantis, que tem 17%. Os outros republicanos, como Tim Scott, Haley Nikki e o ex-vice-presidente, Mike Pence, não conseguiriam mais de 3% de votos, segundo a pesquisa.
A campanha de DeSantis é vista como percária, principalmente por Trump dominar os estados com votação antecipada e liderar nas médias nacionais com 30 pontos de vantagem. Mesmo com enroscos judiciais, o ex-presidente nega qualquer irregularidade e alega perseguição política.