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Biden sobe o tom e chama Putin de ditador: ‘Não pode continuar no poder’

Presidente americano voltou a afirmar que o Ocidente está unido em proteger os países da Otan e condenar a guerra na Ucrânia

Por Da Redação Atualizado em 26 mar 2022, 17h33 - Publicado em 26 mar 2022, 15h37

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou neste sábado, 26, em visita à Polônia, que o Ocidente está unido para combater o autocrata russo Vladimir Putin e disse que o Kremlin cometeu um “fracasso estratégico” ao insistir na ofensiva contra a Ucrânia, porque acabou por gerar um espírito de corpo de proteção dos países europeus, em geral, e da Ucrânia, em particular. Depois de se reunir pela primeira vez presencialmente com altos funcionários do governo de Volodymyr Zelensky desde o início da guerra, há mais de um mês, Biden exaltou as forças de resistência ucranianas e declarou que Putin “não pode continuar no poder”.

“Um ditador tentando reconstruir um império nunca derrubará um povo em busca da liberdade. A brutalidade nunca acabará com o mundo dos livres. Esse homem não pode continuar no poder”, disse ele, enumerando a sequência de sanções já impostas pelo Ocidente à Rússia que, acreditam especialistas, podem levar no médio prazo o país a sair da lista das dez maiores economias do mundo. Entre as sanções mais emblemáticas estão o congelamento de fortunas que oligarcas russos guardavam em países europeus e a suspensão da Rússia do sistema global de pagamentos, o Swift.

Em Varsóvia, onde desde ontem era esperado que voltasse a empenhar apoio à Ucrânia, Joe Biden fez um panorama histórico de situações em que a democracia esteve sob risco nos tempos da Guerra Fria e criticou Putin por, em um primeiro momento ter afirmado que não havia ameaça de invasão e, depois, usar como pretexto para a tomada de cidades ucranianas o falso argumento de que a Rússia estava tentando desnazificar o país vizinho. “A batalha pela democracia não se concluiu com o final da Guerra Fria. Nos últimos anos, as forças da autocracia se espalharam pelo mundo. Elas ameaçam a democracia e a verdade”, discursou.

“Hoje a Rússia extrapolou a democracia e tenta fazer isso em outros lugares. (…) Ela invade países vizinhos e mente dizendo que vai desnazificar a Ucrânia. É uma mentira, é cinismo e eles sabem disso”, disse ele. “Minha mensagem para os ucranianos: nós estamos com vocês. Ponto”.

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Porta de entrada de milhões de refugiados ucranianos, a Polônia sediou o encontro de Biden com autoridades ucranianas na expectativa de receber garantias claras sobre os compromissos da Otan de defender seus membros. De Biden, o presidente polonês Andrzej Duda ouviu que os russos não devem pensar em “mexer em qualquer centímetro do terreno da Otan” – a Polônia é desde 1999 membro da aliança atlântica. “O ocidente nunca esteve tão unido como está agora. Uma resposta rápida e severa é a única coisa que podemos fazer”, continuou.

“Esse momento nos testa e é o teste de nossos tempos. Nada mais distante da verdade do que dizer que está se tentando desestabilizar a Rússsia. A Otan tentou por meses tratar com a Rússia para não trazer essa guerra atual. Encaramos mentiras. (…) As forças norte-americanas estão na Europa e elas estão aqui não para lutar contra russos, mas para defender os aliados da Otan. Que eles nem sequer pensem em mexer em qualquer centímetro do terreno da Otan. Temos uma obrigação sagrada no artigo 5 da Otan de defender cada centímetro da Otan antes de usar a força coletiva”, disse o presidente.

Para ele, os movimentos de Putin aceleraram a união dos países da aliança, “algo que demoraria anos para conseguirmos”, e fizeram grandes economias repensarem a dependência que têm dos combustíveis fósseis russos. Na sexta-feira, 25, em Bruxelas, ele anunciou que os Estados Unidos fornecerão à União Europeia mais gás natural liquefeito (GNL) para tentar minorar a crise de energia desencadeada pela guerra.

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