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Biden cumpre promessa de campanha e anuncia alívio de dívida estudantil

Perdão será de 10.000 ou 20.000 dólares, a depender da situação financeira do devedor; medida irá beneficiar até 43 milhões de estudantes

Por Da Redação Atualizado em 24 ago 2022, 15h36 - Publicado em 24 ago 2022, 15h25
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  • Cumprindo uma de suas promessas de campanha, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 24, que o governo americano irá perdoar 10.000 dólares em empréstimos estudantis para muitos graduados endividados, uma medida que pode aumentar o apoio aos democratas nas eleições de novembro. 

    De acordo com o projeto, que críticos argumentam que pode alimentar a inflação, aqueles que ganham menos de 125.000 dólares por ano serão elegíveis para o perdão do empréstimo. Já para os beneficiários do Pell Grants, que são reservados para estudantes de graduação com necessidades financeiras mais significativas, o governo federal irá cancelar até 20.000 dólares em dívidas de empréstimos federais.

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    O cancelamento irá liberar centenas de bilhões de dólares para novos gastos que podem ser direcionados à compra de uma casa, por exemplo, mas que, segundo economistas, pode representar um novo problema para a inflação nacional. 

    “Conseguir um diploma universitário ou certificado deve dar a cada pessoa nos Estados Unidos uma vantagem para garantir um futuro brilhante”, disse o secretário de Educação, Miguel Cardona, em comunicado. “Mas para muitas pessoas, a dívida de empréstimos estudantis impediu sua capacidade de alcançar seus sonhos, incluindo comprar uma casa, iniciar um negócio ou fornecer para sua família”. 

    A Casa Branca disse que a dívida cumulativa de empréstimos estudantis federais do país, que já chega a marca de 1,6 trilhão de dólares, é um fardo significativo para a classe média americana. 

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    A medida causou reações diferentes nos dois partidos americanos. Por um lado, os democratas aplaudiram a ação de Biden, mesmo pressionando-o a perdoar até 50.000 dólares em dívidas. Por outro lado, os republicanos argumentam que ela é injusta uma vez que irá ajudar as pessoas que ganham mais. 

    “O socialismo de empréstimos estudantis do presidente é um tapa na cara de todas as famílias que se sacrificaram para economizar para a faculdade, todos os graduados que pagaram suas dívidas e todos os americanos que escolheram uma determinada carreira ou se voluntariaram para servir em nossas Forças Armadas, a fim de evitar assumir dívidas”, disse o líder da minoria no Senado, o republicano Mitch McConnell, nesta quarta. 

    De acordo com estudo feito pelo Federal Reserve, o banco central americano, o corte de 10.000 dólares para cada aluno equivaleria a 321 bilhões de dólares em empréstimos estudantis e eliminaria todo o saldo para 11,8 milhões de estudantes, o equivalente a 31%. Os saldos dos mutuários estão congelados desde o início da pandemia de Covid-19, sem a necessidade de pagamento na maioria dos empréstimos desde março de 2020.

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    Segundo dados federais, a dívida média dos estudantes é de 37.667 dólares e quase um terço deles deve menos de 10.000. No entanto, a partir de 31 de dezembro o governo voltará a exigir o pagamento dos empréstimos que foram pausados ​​durante a pandemia, de modo a compensar quaisquer efeitos inflacionários do perdão. 

    É esperado que o  Departamento de Educação divulgue informações nas próximas semanas para que os mutuários elegíveis se inscrevam no alívio da dívida. O cancelamento para alguns será automático, mas outros irão precisar preencher um formulário.

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