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Biden anuncia sanções contra bancos e elite da Rússia

‘Ainda achamos que a Rússia vai atacar a Ucrânia. E estamos preparados para ir além com as sanções’, diz democrata

Por Duda Gomes Atualizado em 22 fev 2022, 17h16 - Publicado em 22 fev 2022, 16h54
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  • Em discurso na Casa Branca no começo da tarde desta terça-feira, 22, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que as ações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, são o “início de uma invasão russa à Ucrânia”. 

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    O comentário de Biden vem um dia após Putin anunciar o envio de tropas para duas regiões separatistas pró-Moscou do leste da Ucrânia, reconhecidas por ele como independentes

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    Para Biden, Putin está preparando uma tomada de território ucraniano que vai além das regiões separatistas de Luhansk e Donetsk. Ele condenou o que considera ser “uma flagrante violação da lei internacional”.

    + Em meio à tensão na Ucrânia, embate entre Putin e Biden sobe de tom

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    “Vou começar a impor sanções em resposta, muito além das medidas que nós e nossos aliados e parceiros implementamos em 2014. Se a Rússia for mais longe com essa invasão, estamos preparados para ir além com as sanções”, disse Biden.

    Entre as sanções impostas, Biden disse que bancos russos e outras instituições sofrerão cortes de financiamentos ocidentais, fazendo com que o Exército russo perca parte do seu financiamento. Além disso, o mandatário americano aplicou sanções a oligarcas, o que já havia sido levantado como possibilidade em dezembro do ano passado.

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    Além disso, Biden declarou que “trabalhamos com a Alemanha para garantir que o Nord Stream 2 não siga em frente”.  Mais cedo, o chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou medidas para impedir o processo de autorização para o funcionamento do gasoduto, projetado para dobrar o fluxo de gás russo que vai até a Europa.

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    Prometendo usar “todas as ferramentas à disposição” para limitar o efeito de sanções contra a Rússia sobre o preço de gás, Biden reconheceu que americanos provavelmente verão aumento de preços nos postos de combustível nos próximos meses.

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    “Como disse na semana passada, defender a liberdade terá preços, para nós também”, afirmou. “Precisamos ser honestos sobre isso. Mas conforme fazemos isso, adotarei ações robustas para garantir que a dureza de nossas sanções seja mirada contra a economia russa, não contra a nossa”.

    Além dos EUA, a presidente da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, também anunciou na segunda-feira que o bloco reagiria com sanções à decisão russa.

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    “A União reagirá com sanções contra os envolvidos neste ato ilegal”, disse von der Leyen em comunicado assinado junto com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. 

    No texto, os dois condenam “nos termos mais fortes a decisão do presidente russo de proceder com o reconhecimento das áreas não controladas pelo governo das províncias de Donetsk e Luhansk, da Ucrânia, como entidades independentes”. Segundo eles, “o reconhecimento dos dois territórios separatistas na Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk”.

    Donetsk e Luhansk

    A decisão anunciada por Putin na segunda-feira de reconhecer e enviar tropas sepulta os Acordos de Minsk, negociados em 2015, sob mediação da Alemanha e França, para um cessar-fogo nas duas regiões, que teriam em troca autonomia administrativa. As autoproclamadas República Popular de Donetsk e República Popular de Luhansk são em boa parte controladas por separatistas pró-Moscou desde 2014 e palco de uma guerra que já deixou cerca de 15.000 mortos.

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    Enquanto o governo ucraniano afirma que forças separatistas são “invasoras” e “ocupantes”, a Rússia sustenta que as forças são formas de defesa às agressões do governo ucraniano.

    Na semana passada, em meio à tensão política, diplomática e militar, o governo ucraniano e grupos separatistas apoiados por Moscou já haviam se acusado mutualmente de violações ao regime de cessar-fogo em Donbas, onde ficam as províncias separatistas e onde confrontos desde 2014 já deixaram mais de 14.000 mortos.

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    Ao citar a situação em Donbas, para onde disse que tropas seriam enviadas, Putin acusou autoridades ucranianas de tentarem impedir o uso do idioma russo através de leis que privilegiam o uso do ucraniano, além de citar uma repressão à Igreja Ortodoxa russa. Ele também criticou a presença de militares estrangeiro no país vizinho, sobretudo da Otan, principal aliança militar ocidental.

    Sobre a organização ocidental, o presidente russo voltou a citar que uma eventual entrada da Ucrânia no grupo seria uma ameaça direta à segurança russa.

    O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma confirmação terá consequências graves. Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

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    A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos trinta aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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