Em discurso concedido na Casa Branca nesta quinta-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou de “heróis” os 12 militares mortos e os 15 feridos por um ataque suicida cometido pelo Estado Islâmico em Cabul, no Afeganistão.
Além dos militares americanos, os ataques mataram mais de 60 afegãos, deixando outros 140 feridos, de acordo com informações divulgadas pelo órgão de saúde pública local.
O atentado ocorreu nos arredores do aeroporto da capital afegã, onde milhares de pessoas estão aglomeradas desde a tomada do poder pelo Talibã, no último dia 14, numa tentativa de fugir do país.
“Esses militares que deram suas vidas, eram heróis; heróis que se envolveram em uma perigosa missão altruísta para salvar a vida de outros”, afirmou Biden.
“Eles são parte de um esforço de corredor humanitário aéreo diferente de qualquer outro visto já visto na História, com mais de 100.000 cidadãos americanos, parceiros americanos, afegãos que nos ajudaram sendo levados para um local seguro nos últimos 11 dias.”
Em seguida, Biden deu um aviso aos responsáveis pelo ataque. “Vamos caçá-los e fazê-los pagar”.
De acordo com o líder americano, o governo já deu autorização de ataque a alvos estratégicos do Estado Islâmico.
“Ordenei ao comandantes que desenvolvam planos operacionais para atacar ativos, lideranças e instalações do Estado Islâmico”, disse. “Responderemos com força e precisão”, prosseguiu.
“Esses terroristas não vão vencer. Vamos resgatar os americanos. Vamos tirar nossos aliados afegãos. E nossa missão continuará ”, disse o democrata.
“Para aqueles que realizaram este ataque, assim como para qualquer um que deseje mal à América, saibam disso: Não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos caçá-los e fazê-los pagar. Defenderei nossos interesses e nosso povo fará todo o medida sob meu comando “, prosseguiu.
Autoridades americanas acreditam que o grupo Estado Islâmico está por trás do ataque de hoje, mas ainda estão trabalhando para confirmar seu envolvimento, de acordo com um alto funcionário do governo de Joe Biden.
Biden também pediu um momento de silêncio como última homenagem “por todos aqueles uniformizados e sem uniforme, militares e civis.”
“Que Deus abençoe a todos e que proteja as tropas e todos aqueles que estão de guarda na América”, disse.
Biden também deixou em aberto a possibilidade de enviar mais assistência militar ao Afeganistão. No momento, há 5.800 militares no país, na maioria encarregados da logística de retirada de aliados.
“Eu deixei claro aos militares que vou fornecer tudo que eles precisem, inclusive força adicional”, afirmou.
