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Talibã permitirá saída de estrangeiros e afegãos após prazo, dizem EUA

De acordo com secretário de Estado dos EUA, ao menos 4.500 americanos, dos 6.000 que queriam deixar o país, já foram retirados

Por Da Redação 25 ago 2021, 19h27

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira, 25, que o Talibã se comprometeu a permitir que estrangeiros e afegãos deixem o Afeganistão depois de 31 de agosto, quando termina o prazo da operação controlada pelos Estados Unidos para retirada de americanos e aliados.

Em fala à imprensa em Washington, o chefe da diplomacia americana afirmou que “os talibãs assumiram compromissos públicos e privados para proporcionar e permitir uma passagem segura aos americanos, aos cidadãos de países terceiros e aos afegãos em risco a partir de 31 de agosto”.

De acordo com o secretário, ao menos 4.500 americanos, dos 6.000 que queriam deixar o país, já foram retirados. Dos 1.500 restantes, cerca de 500 já estão em “contato direto” com autoridades para agilizar o processo.

Ao todo, até a manhã de domingo 22, o número de pessoas que tentavam embarcar para o exterior era de 18.500, mas a quantidade aumentou após decisão que permitiu a emissão de vistos eletrônicos para requerentes de Visto de Imigrante Especial (SIV), sem nomes ou números de documentos. A facilitação fez com que vistos fossem copiados como capturas de tela e enviados por afegãos a milhares de outros conhecidos que não tinham acesso ao aeroporto, disse uma fonte à CNN Internacional.

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“Estamos em contato direto com eles várias vezes ao dia através de diversos canais de comunicação (…) para determinar se ainda querem partir”, disse Blinken, que acrescentou que Washington e aliados agora têm “uma responsabilidade de fazer com que o Talibã cumpra este compromisso”.

Na terça-feira, o presidente americano, Joe Biden, havia afirmado aos líderes do G7 que os EUA estavam “em vias” de concluir sua retirada militar dentro do prazo planejado, rejeitando uma extensão.

O prazo também seria uma condição irredutível exigida pelo Talibã, em meio às cenas de caos e desespero dentro do aeroporto, cuja segurança é feita por cerca de 6.000 militares americanos. Na terça-feira, o porta-voz do Talibã havia instado países estrangeiros a pararem de “encorajar” a população a fugir do Afeganistão, dizendo que o grupo fundamentalista “não é a favor” da migração em massa.

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Segundo Zabihullah Mujahid, os Estados Unidos estão levando os “especialistas afegãos” e profissionais qualificados.

Desde que os talibãs tomaram Cabul e assumiram o controle do governo central há pouco mais de uma semana, mais de 82.000 afegãos e estrangeiros fugiram do país por meio do aeroporto de Cabul. Diversas nações se organizaram para tirar seus cidadãos do país em voos militares.

Nas redondezas do aeroporto de Cabul, o cenário é de uma espécie de acampamento, com milhares de pessoas continuam se reunindo no perímetro da base. Uma das cenas que mais retratam a angústia dessas famílias foi a de um bebê sendo içado por cima de um arame farpado para que ele pudesse embarcar em um fuzileiro naval dos Estados Unidos na semana passada.

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Após conquistar uma série de capitais provinciais na última semana, os fundamentalistas sitiaram Cabul no domingo 14, movimento que fez com que o presidente Ashraf Ghani partisse para o Uzbequistão com sua esposa e dois assessores próximos. Poucas horas depois, o grupo entrou no Palácio Presidencial e fez um pronunciamento à imprensa afirmando que tem o total controle sobre o país.

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