Duas turistas brasileiras tomadas como reféns por beduínos, neste domingo, na Península de Sinai, no Egito, foram libertadas horas depois do sequestro e estão passando bem, disse um porta-voz do Itamaraty à AFP.
“Recebemos a confirmação de que foram libertadas, e trasladadas a um hotel (perto do Monte Sinai) onde estão os demais passageiros do ônibus em que viajavam”, disse o funcionário, que preferiu não ter o nome divulgado.
A notícia foi dada ao portal G1 pelo pai de uma das reféns, o pastor evangélico Dejair Batista Silvério, de 60 anos, testemunha do sequestro. Ele disse que chegou a falar por telefone com a filha Sara Lima Silvério, de 18 anos, depois da libertação, junto com a amiga Zélia Magalhães de Mello, de 45.
“Ela está viva. Falei com ela por telefone e me disse: ‘estou bem'”, contou.
Dejair explicou que as duas foram levadas por beduínos que metralharam o ônibus onde estavam, a caminho do Monte Sinai.
O veículo foi interceptado por um grupo que teria levado, além das duas brasileiras, o guia do ônibus, que é egípcio e estava armado.
O sequestro aconteceu quando o ônibus com 38 turistas voltava do mosteiro de Santa Catarina, importante sítio turístico no sul da península, segundo fontes egípcias dos serviços de segurança.
“De repente, dois carros ultrapassaram o ônibus e eles desceram atirando. Foram vários disparos de metralhadora e de fuzil. Eles atiraram na porta do ônibus. Achei que estavam até atirando na gente já. Foi então que eles entraram no ônibus e levaram as duas para fora”, contou Dejair.
Os sequestradores puseram os reféns em um carro e fugiram para uma região montanhosa, segundo autoridades egípcias.
Os demais brasileiros que estavam no veículo foram escoltados, depois do incidente, por duas equipes das forças de segurança egípcias para um hotel perto do Monte Sinai, segundo Silvério.
Segundo uma fonte policial, um dos sequestradores pedia a libertação de seu filho, condenado à prisão por tráfico de drogas e armas.