Incêndios florestais fora de controle forçaram moradores do leste da Austrália a fugir de suas casas neste sábado, 7, enquanto outras regiões do país se preparam para uma nova onda de calor na próxima semana. Um contêiner cheio de fogos de artifício explodiu quando foi alcançado pelo fogo, mas as autoridades informaram não haver vítimas.
A temperatura passou dos 40° C perto do local de um dos incêndios nos arredores de Brisbane, no estado de Queensland, e as autoridades ordenaram que os moradores de três subúrbios “deixassem imediatamente” a área.
“As condições são muito perigosas agora e, em breve, os bombeiros serão incapazes de enfrentar o fogo que avança”, advertiram as autoridades de Queensland.”O fogo pode representar uma ameaça a todas as vidas em seu caminho”, acrescentaram.
Os incêndios florestais são comuns na Austrália, mas os cientistas alertam que esta temporada começou mais cedo do que o habitual e com maior intensidade devido à seca prolongada e às condições climáticas criadas pelo aquecimento global.
Fumaça tóxica
Mais de 100 incêndios estão ativos neste sábado leste da Austrália, incluindo um de grande magnitude ao norte de Sidney. Formado pela combinação de vários incêndios, este imenso fenômeno está agora sob controle, mas continua a queimar em cerca de 250.000 hectares em uma área a uma hora de carro da maior cidade da Austrália.
Sydney está, há semanas, envolvida em uma espessa camada de fumaça tóxica.
As autoridades também se preparam neste sábado para uma nova onda de calor na próxima semana, com temperaturas acima de 40° C esperadas em partes de Nova Gales do Sul, onde um alívio nas condições climáticas na sexta-feira, 6, permitiu um breve respiro.
“Temos muito trabalho pela frente nos próximos dias, principalmente em termos de prevenção, uma vez que esperamos outra onda de calor na terça-feira”, disse o comissário estadual dos bombeiros, Shane Fitzsimmons, ao canal de televisão ABC.
A seca afetou grande parte do leste da Austrália, e novos incêndios florestais aparecem todos os dias nos últimos três meses. Desde setembro, mais de 600 casas foram destruídas e seis pessoas morreram.
Esse balanço, no entanto, é muito menos mortal do que o da temporada de 2009, quando cerca de 200 pessoas morreram, embora a devastação no local ainda deva ser avaliada.
Cerca de dois milhões de hectares – o tamanho de alguns países pequenos – queimaram em uma área de várias centenas de quilômetros.